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Politica Brasil
Quinta - 03 de Agosto de 2006 às 18:09

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Em depoimento hoje na Superintendência da Polícia Federal, o empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin contou que o esquema de fraudes na Saúde, utilizando ambulâncias, mudaria para o Ministério da Ciência e Tecnologia, com fraudes no Programa de Inclusão Digital. A informação foi confirmada pelo deputado Julio Delgado (PSB-MG), que acompanhou o depoimento.

"Ele [Vedoin] disse que já estava saturado o mercado de ambulâncias e iria começar a atuar no Programa de Inclusão Digital, quando o esquema foi descoberto", disse Delgado.

O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Sanguessugas, Raul Jungmann , que também acompanhou o depoimento, disse que Vedoin relatou que, além da Planan, outras empresas atuavam no esquema ilegal, tanto no âmbito do Ministério da Saúde, quanto no âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologla.

"Em alguns estados, nós não encontramos a Planam. Ele nos disse que era porque havia atuação de outras empresas. Uma não entra no mercado da outra". Segundo Jugmann, uma das empresas seria a KM, que agia em Pernambuco e teria uma ação mais intensa no Ministério de Ciência e Tecnologia", disse Jungmann.

Em função das denúncias envolvendo o Programa de Inclusão Digital do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), a Assessoria de Imprensa do órgão novamente se manifestou. Por meio de nota, afirmou que, desde o dia 10 de maio, quando surgiram as primeiras suspeitas, o programa foi suspenso por determinação do próprio MCT.

O ministério informou ainda que nenhum dos projetos de inclusão digital executados teve a participação da empresa Planam, acusada de ser uma das articuladoras da máfia das ambulâncias.

Em nota, o ministério informou que a liberação de recursos para o Programa de Inclusão Digital funciona da seguinte forma: os parlamentares, por meio de emendas, indicam os municípios ou estados a serem contemplados com o Programa de Inclusão Digital.

Um ofício com essas informações é encaminhando pelo parlamentar ao MCT, que prepara uma lista para a Caixa Econômica Federal indicando o valor e o município a ser contemplado com os recursos. Depois disso, a CEF entra em contato com o beneficiário indicado pelo MCT para que o mesmo apresente o plano de trabalho. Aí, se tudo estiver de acordo, o empenho é realizado, informou o Ministério.





Fonte: Agência Brasil

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