Projeto audiovisual "Alves de Oliveira" será lançado hoje no Misc
João Alves de Oliveira dedicou vinte e dois anos ao rádio mato-grossense, foi líder de audiência na extinta Voz D' Oeste com programas como Clube dos Pororocas, O Grande Jornal Falado, Domingo Festivo na Cidade Verde e a Crônica das doze e cinco. Porém, foi assassinado por conta de uma matéria publicada na quarta edição do Diário.
O documentário acarreta em um resgate histórico do desenvolvimento dos meios de comunicação de Cuiabá e seu material pode ser utilizado junto às escolas de comunicação na capital e no Estado de Mato Grosso. Dessa forma, resgatará a identidade cultural cuiabana, ajudando a fomentar as discussões sobre os conteúdos dos programas executados, atualmente, nos veículos de comunicação. Com isso, trazendo de volta, por exemplo, o estilo de crônicas que tanto esteve presente nas rádios da década de 50 e que, hoje, não existem mais.
O documentário mostra, ainda, o desenvolvimento da capital através da evolução dos meios de comunicação, tornando-se um registro nos acervos locais. A sociedade precisa se alimentar da história que a construiu, para que possa, conseqüentemente, vislumbrar um futuro mais autêntico e justo para com os que a compõem. Nada mais coerente do que ela entender e viver fragmentos de sua composição. É isso que a vida de Alves de Oliveira nos trouxe - vários fragmentos de composição social que estavam guardados na memória de uma pequena parte de seu povo, e das páginas de jornal publicadas diariamente.
Sua voz imutável continua contando a história de sua cidade amada e seu legado, restaurado junto com a sua dignidade. Cuiabano, radialista, vereador, amigo, cidadão, João Alves de Oliveira foi tudo e tentou durante toda a sua trajetória ver o progresso alavancar Cuiabá e ver sua população ter uma vida mais digna.
Através de entrevistas com amigos, parentes, colegas de profissão e antigos ouvintes da rádio, Caroline tenta reafirmar o famoso bordão do rádio-jornalista: “A cidade vive dos que vivem nela”.
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