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Politica Brasil
Quinta - 03 de Agosto de 2006 às 08:01
Por: Auro Ida

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O candidato do PSC ao governo do Estado, Bento Porto, 63, anunciou ontem, em entrevista à rádio CBN Cuiabá, que irá liderar, caso seja eleito, uma campanha contra a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "Uma excrescência criada no governo tucano", acusou, ressaltando que a LRF, que obriga prefeitos e governadores a trabalharem com regime de caixa, impede o desenvolvimento dos municípios e Estados.

"Sem investimentos, não há geração de emprego, renda e a economia entra em estagnação", ressaltou. Porto disse que não teme ser penalizado por não obedecer a LRF, que prevê punições rigorosa para quem não cumpri as normas previstas.

Segundo ele, "o governador eleito tem patente de general" e, pelo fato de ser "o legítimo representante do povo do Estado" não pode ficar omisso diante de uma lei que prejudica e impede o desenvolvimento. "Não vou trabalhar em regime de caixa", avisou, salientando que Mato Grosso terá, caso seja eleito, recursos para realizar as obras necessárias, especialmente, na infra-estrutura rodoviária.

Apesar de Mato Grosso não ter capacidade de endividamento pela LRF, Bento Porto revelou que pretende conseguir financiamento de R$ 10 bilhões nos próximos quatro anos junto as instituições financeiras e organismos internacionais como Banco Mundial (Bird) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Para ele, o governador precisa ter ousadia e criatividade para captar os recursos.

"Se tiver projetos, com certeza, não faltarão recursos", frisou. O candidato do PSC revelou que trabalha com um orçamento global, na hipótese de chegar ao Palácio Paiaguás, de R$ 60 bilhões. Desse total, R$ 30 bilhões seriam arrecadação normal do Estado, R$ 10 bilhões de iniciativa do setor privado, R$ 10 bilhões de transferências federais e R$ 10 bilhões de operações de créditos. "Não sei se vou conseguir isso, mas é a meta nossa", explicou.

Bento Porto admitiu que a sua proposta é, a primeira vista, "fantasiosa", mas lembrou que, quando era coordenador do plano de governo de Fragelli, foi tratado também com ceticismo quando defendeu a construção do Centro Político Administrativo (CPA), do Verdão e da Transpantaneira. Segundo ele, com a venda de 2 milhões de hectares para a colonização da região de Aripuanã foi possível fazer todas essas obras. "Basta ter criatividade para buscar os recursos necessários", salientou, assinalando que irá buscar investimentos nacionais de internacionais.




Fonte: A Gazeta

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