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Meio Ambiente
Quinta - 03 de Agosto de 2006 às 07:43

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O consumo de maconha pela mulher no período da concepção pode impedir a gravidez ou provocar complicações, indica um estudo feito com ratos.

Pesquisadores da Vanderbilt University em Nashville, no Tennessee, descobriram que a substância THC (delta-9-tetrahydrocannabinol) presente na maconha pode impedir o embrião de alcançar o útero. O artigo foi publicado na revista científica Journal of Clinical Investigation.

Para os cientistas, o estudo é uma indicação de que fumar maconha pode levar ao aborto ou à gravidez ectópica (quando o embrião se desenvolve fora do útero, no tubo falopiano) em seres humanos.

Segundo os pesquisadores, a incidência desse tipo de anomalia aumentou significativamente na última década.

Quando uma pessoa fuma, o THC se acopla a dois receptores no corpo chamados CB1 e CB2.



Essa "união" é responsável pela sensação agradável vivenciada pelo fumante. Mas os receptores CB também estão presentes em espermatozóides, óvulos e nos embriões recém-formados.

Eles estão associados ao desenvolvimento embrionário no início da gravidez.

Quando ratas grávidas foram expostas ao THC, a droga interferiu no funcionamento dos receptores CB1.

"Acredito que o efeito não seja permanente, mas fumar maconha pode fazer subir o índice de THC, interferindo na primeira fase da gravidez", disse Sudhansu Dey.

Ele acrescentou que a substância pode interferir também nos processos naturais antes da fertilização.

A porta-voz do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists Virginia Beckett disse que é difícil avaliar o efeito da maconha na fertilidade de seres humanos porque existem muitos outros fatores.

Mas acrescentou que as mulheres certamente devem evitar fumar a droga se quiserem engravidar.




Fonte: BBC Brasil

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