Atolado em dívidas, Alexandre César teme visitar os bairros de Cuiabá

"A dívida considerada 'monstruosa' do procurador Alexandre Luiz César (PT), ex-candidato à Prefeitura de Cuiabá, contraída na campanha de 2004, tende a lhe custar muito caro". Essa é a tese que a maioria dos dirigentes de associações de moradores de bairros de Cuiabá está fazendo. Um deles, que foi autorizado pelo próprio Alexandre César a contratar serviços de mão de obra, no segundo turno, teve sua casa depredada pelos trabalhadores e até hoje é cobrado, mas o ex-candidato sequer atende suas ligações. Alexandre César é investigado pelo Ministério Público Eleitoral, Polícia Federal e Ministério Público do Trabalho por não pagar dívidas da campanha de 2004.

A denúncia desse líder comunitário, tanto ele quanto sua equipe não viram a 'cor do dinheiro'. Na campanha de 2004, Alexandre César obteve mais votos que os concorrentes do primeiro turno, mas foi massacrado publicamente com supostos envolvimento em escândalos que comprometeram sua campanha.

Segundo o denunciante, a pendência que o petista ficou devendo, principalmente, ao segmento comunitário, gira hoje em torno de R$ 45.108,00. "Como ele (Alexandre César) vai ter coragem de ir para os bairros para pedir votos nesta eleição? Será que vai ter peito para encarar os credores nas comunidades?", pondera o líder comunitário.

Esse impasse parece ser uma realidade, tendo em vista a pífia campanha de Alexandre César até o momento.

Em 2004, o petista chegou a crescer no segundo turno quase 30 pontos percentuais à frente de seu adversário, o atual prefeito Wilson Santos (PSDB). Contudo, por não honrar compromissos assumidos com diversos segmentos, inclusive o movimento comunitário, acabou perdendo por 15 mil votos. Resultado: logo 'explodiram' as cobranças dos fornecedores e trabalhadores, que, nos últimos meses, a imprensa de Cuiabá publicou a exaustão.

O denunciante, que preferiu não se identificar por temer represálias, revelou que os credores de Alexandre César estão esperando por ele nos bairros. "Espera-se que, hoje, como candidato a deputado estadual, o petista tenha vergonha e pague o que deve", justifica a mesma fonte.