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Condições extremas criam nuvens polares raras
Cientistas australianos informaram nesta terça-feira que estão estudando as raras nuvens iridescentes (que refletem as cores do arco-íris), as quais podem conter revelações sobre a mudança climática global. Pesquisadores da estação climática australiana Mawson, na Antártica, capturaram imagens destas espetaculares formações de tom madrepérola, conhecidas como nuvens nacaradas, no fim de julho passado.
A meteorologista Renae Baker, que fotografou as nuvens, disse que elas raramente são vistas e só se formam quando as condições são extremamente frias na estratosfera, entre 10 e 50 quilômetros acima da superfície polar. Ela disse que o balão climático estratosférico mediu temperaturas de menos 87 graus Celsius quando as nuvens foram fotografadas. "Isto é tão frio quanto a temperatura mais baixa já registrada na superfície da Terra", explicou. "Surpreendentemente, os ventos nestas altitudes estavam soprando perto de 230 km/h", acrescentou.
O especialista em atmosfera da Divisão Antártica Australiana Andrew Klekociuk disse que seus colegas, assim como cientistas americanos na estação Davis estão trabalhando juntos numa pesquisa sobre o que estas nuvens estranhas podem revelar sobre a atmosfera. "Estas nuvens são mais do que mera curiosidade", afirmou. "Elas revelam condições extremas na atmosfera e promovem mudanças químicas que levam à destruição do vital ozônio estratosférico", concluiu.
Fonte:
AFP
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