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Politica Brasil
Quarta - 02 de Agosto de 2006 às 10:30

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Dois novos nomes de parlamentares foram incluídos na relação de suspeitos de envolvimento com a máfia da ambulâncias, mas o presidente da CPI não quis divulgá-los.

A comissão quer começar ouvir Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam, ainda hoje. Mas a CPI depende de definição da Polícia Federal para ouvir o acusado de ser um dos chefes da máfia das sanguessugas.

Os depoimentos de Darci Vedoin, Ronildo Medeiros, Maria da Penha Lino, ex-funcionária do Ministério da Saúde, e de outros integrantes do esquema que estão sendo preocessados criminalmente na Justiça Federal de Mato Grosso, já foram encaminhados para a CPMI que investiga o esquema de venda irregular de ambulâncias.

A terça-feira foi um dia de informações desencontradas em Brasília, mas no final do dia o presidente da comissão anunciou o prazo para leitura do relatório final, que será no dia 10 de agosto. Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ) disse que ontem foi analisado o conteúdo dos depoimentos enviados à CPMI pelo Juiz Jefferson Schneider, da Segunda Vara Federal de Cuiabá.

A Polícia Federal pediu mais tempo para transportar Luiz Antônio Vedoin de Cuiabá para Brasília, mas o presidente da CPI garante que ele será ouvido ainda esta semana. "Estou realizando diligências para que ele venha a Brasília. Tá dependendo de acerto com a Polícia Federal", disse Antônio Carlos Biscaia.

O vice-presidente da CPMI das Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), informou esta semana que 90 parlamentares estão sendo investigados pela comissão, de acordo com a natureza do benefício recebido e com a comprovação de envolvimento na "Máfia das Ambulâncias".

Segundo o levantamento, há provas materiais do envolvimento de 83% dos parlamentares investigados (75). A comissão não investiga os ex-parlamentares acusados de envolvimento no esquema, apenas os que estão no exercício do mandato.

Do total de 75, há evidências documentais contra 54 parlamentares (60%) e evidências testemunhais sobre o pagamento em espécie contra 21 parlamentares (23%). Quanto aos 15 parlamentares restantes (17%), não há evidências de pagamento ou recebimento de benefícios nem menção de seus nomes no depoimento do empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin. A CPI chegou a investigar, incialmente, 115 pessoas, sendo 91 parlamentares em atividade e 24 ex-parlamentares.

De acordo com a CPMI, o mapa da corrupção no Congresso Nacional, em prefeituras e empresas, segundo depoimento à Justiça Federal de Luiz Antonio Trevisan Vedoin, um dos chefes do grupo investigado pela CPI dos Sanguessugas, revela que ele e seus sócios acertaram o pagamento de R$ 12,8 milhões de comissões e propinas. Desses R$ 12,8 milhões, Vedoin já declarou ter desembolsado cerca de R$ 5,3 milhões em dinheiro ou presentes, sendo R$ 4,3 milhões para deputados e senadores; e R$ 1 milhão para prefeitos.

Mas o valor pago pela família Vedoin, pode ter sido muito maior. Em seu depoimento, o empresário Darci Vedoin, dono da Planam, relata casos em que fez o acordo, mas não se lembra do valor efetivamente pago de comissão ao parlamentar ou a seus assessores. Em outros, ele diz ter pago mais do que ficou acertado previamente. Normalmente, segundo ele, um percentual correspondente ao valor das emendas. Há situações, por exemplo, em que o chefe da quadrilha fazia antecipações, com a promessa de apresentação futura de novas emendas, o que às vezes não ocorria.





Fonte: RMT Online

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