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Politica Brasil
Quarta - 02 de Agosto de 2006 às 08:14
Por: Adriana Vandoni

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Lula inovou o Brasil. Foi esta a conclusão que cheguei nesta última semana. Ele revolucionou o modelo de gestão pública; modernizou e dinamizou a retrógrada relação entre o executivo e o legislativo; reformulou os conceitos de ética, antes amarrados em miudezas morais; reescreveu as relações humanas, mostrando aos brasileiros como devem ser as relações de amizades.

É, Lula mudou o Brasil! Promessa cumprida!

A modelagem organizacional do Estado foi reestruturada de forma a atender de maneira direta e precisa, fazendo com que cada companheiro tivesse a sua necessidade atendida. Não ficou de fora um só companheiro neste Brasil de meu Deus. Valorizou as organizações não governamentais e rompeu o preconceito de exigir que essas organizações fossem formais, ele deu especial atenção aos movimentos sociais que antes eram marginalizados e chamados de clandestinos. Como foi o caso, por exemplo, do MST ou do MLST.

As relações entre o executivo e o legislativo, antes presas no campo das negociações políticas, Lula dinamizou. Comprou um Congresso cheio de parlamentares prestativos e à disposição do executivo. Essa mudança deu agilidade às iniciativas do Governo Federal que não mais precisou fazer articulações políticas ou consultas populares. Isso costumava levar um tempo danado e Lula, com sua visão moderna e ousada, rompeu esse velho paradigma de que o legislativo agia em função de sua base eleitoral. Hoje o legislativo age em função do governo, para o governo que trabalha para os companheiros.

Outro avanço trazido pala visão de estadista de Lula foi a ruptura com os rígidos e antidemocráticos conceitos de ética, moral, honestidade. Pelo conceito antigo, muitos companheiros ficavam de fora, o que representava um preconceito burguês e excludente. Lula formulou então o conceito de “ética elástica”, aquela que se adapta ao comportamento do companheiro brasileiro. Acabou definitivamente com a ditadura de que o comportamento do companheiro tinha que se adequar aos princípios da ética.

Mas foi no campo do relacionamento humano que Lula realmente quebrou paradigmas. Mostrou à burguesia elitista brasileira o que é ser amigo de verdade. Apresentou alguns exemplos como Paloffi, Paulo Okamotto, Delúbio, Duda e outros.

Os exemplos demonstrados por Lula foram seguidos em todas as esferas pelos mais atentos. Eu, como sou lerdinha, só captei agora e justamente com um exemplo daqui. No último domingo fiquei com profunda inveja do deputado federal Lino Rossi (PP/MT) depois que li uma matéria onde ele conta como é sua amizade com Darci Vedoin, dono da PLANAM, empresa que montou o esquema dos sanguessugas.

Pô!, pensei, porque não tenho amigos assim. Eu quero também, um Vedoin pra mim!

O abnegado e desprendido amigo de Lino, sempre o ajudou e nunca cobrou nada em troca. Essa é a essência da amizade. Vedoin ajudou muito o seu amigo Lino e nunca lhe pediu nada em troca das ajudas que deu. "E nem eu dei nada em troca", disse o sortudo Lino.

Lino fez uma de suas campanhas a bordo de uma carreta “emprestada" pelo seu amigo dono da Planam. Segundo o deputado “Ele doou mais de 100 cadeiras de rodas, 3 mil sacolões e 3 mil colchões”. Quase o montante que a secretaria de Cidadania do Estado doou para a população.



Ô Chico! Ô Zé! Vocês nunca me deram nem chinelo arrebentado. Que amigos! Estou arrasada com a qualidade de amigos que eu tenho. Nossa! Quero um Vedoin pra mim!

Mas de todas as ajudas “cometidas” por Vedoin em benefício do seu amigo Lino, a que mais me despertou a curiosidade e até preocupação, foi a doação de 60 mil salsichas.

Gente, isso é salsicha pra ninguém botar defeito! Eu diria que Vedoin e Lino entrouxaram em quase metade da população de Várzea Grande (MT), salsichas. Ou, em outras palavras: quase metade da população de Várzea Grande entrou na salsicha de Lino. É, amigo deve ser pra essas coisas.

Por falar em amigos, estou preocupada com a saúde de outro amigo de Lino, o candidato Blairo (PPS). Ando notando que ele está cada dia mais branquinho, pálido. Não sou médica, mas sou mãe, por isso, desconfio que seja anemia. Também, não é pra menos, com tantos sanguessugas grudados nele... Ô dó! Como dizia vovó, pra anemia é bom uma nutrição férrica. Alimente-se com feijão, fígado, espinafre e até soja, que para quem não sabe, possui em torno de 2,5 vezes a mais de ferro que o feijão.

Já que escolheu esses amigos que sugam sangue, o jeito é consumir ferro.

Adriana Vandoni é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ. Articulista do Jornal A Gazeta. Blog: http://argumentoeprosa.blogspot.com Cuiabá/MT




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