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Politica Brasil
Quarta - 02 de Agosto de 2006 às 07:59
Por: Andréia Fontes

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A senadora mato-grossense Serys Marly (PT), candidata ao governo do Estado, passa a ser investigada agora pela Corregedoria do Senado junto com os também senadores Ney Suassuna (PMDB-PB) e Magno Malta (PL-ES) por suspeita de participação nos esquemas Sanguessugas. A investigação foi anunciada ontem pelo corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), integrante da CPMI das Sanguessugas.

A investigação foi determinada após a Corregedoria ter acesso aos documentos da CPMI das Sanguessugas, que citam os três senadores, aos depoimentos que os envolvem e aos inquéritos abertos pelo Supremo Tribunal Federal. "Quando o STF determina a abertura de inquérito, é porque já houve prática de crime", ressaltou o corregedor à Agência Câmara - confira no quadro.

Tuma ainda afirmou que as investigações são uma "espécie de inquérito policial". "Se comprovado, o nome dos senadores serão encaminhados ao Conselho de Ética". Segundo o corregedor, primeiro serão ouvidos os funcionários dos gabinetes parlamentares dos três acusados, para somente depois serem ouvidos os próprios parlamentares. Entre os assessores que serão ouvidos estará Marcelo Cardoso, assessor de Ney Suassuna e que foi preso durante a operação Sanguessuga e está sendo processado.

O assessor da senadora Serys, João Policena, que teria tido contato com Luiz Antônio Trevisan Vedoin, segundo o depoimento do empresário, também deve ser ouvido. Segundo Luiz Antônio, ele manteve contato com Policena porque estava tendo problemas nas licitações das emendas da parlamentar.

Como a CPMI anunciou para o dia 10 a apresentação do primeiro relatório, as investigações da comissão podem se antecipar à Corregedoria do Senado e encaminhar os casos ao Conselho de Ética já na próxima semana.

Outro lado - Ontem, a senadora Serys afirmou que já entregou ao senador Romeu Tuma os mesmos documentos de defesa apresentados à CPMI. Quanto à investigação pela Corregedoria do Senado, ela disse achar "normal". "Ele (Tuma) tinha que fazer isso mesmo. Nós estávamos cobrando isso (investigação) dele. O que não pode é continuar esta história se prolongando. É preciso ter uma decisão". A senadora disse ainda que falou ao corregedor "para chamar todo mundo que precisa chamar". Quanto ao genro, Paulo Roberto, ela ressaltou que "Tuma é quem tem que decidir se o convoca".




Fonte: A Gazeta

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