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Megaoperação da Polícia Rodoviária tem pouco resultado
SÃO PAULO - Logo depois de o governo de São Paulo fazer publicamente duras criticas à falta de apoio do governo federal no combate à criminalidade, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) colocou 500 policiais e 100 viaturas nas estradas, nesta terça-feira, 1º. Outros seis helicópteros foram disponibilizados. A megaoperação, batizada de Aliança, bloqueou as rodovias federais na entrada da capital paulista e nas divisas de São Paulo com Minas, Mato Grosso do Sul, Rio e Paraná. O resultado foi pequeno, principalmente se levado em conta que esta foi a maior operação da PRF em segurança pública num único Estado.
O balanço final do primeiro dia - serão pelo menos 15 dias - registrou 18 prisões, entre elas as de dois assaltantes considerados perigosos, apreensões de uma carreta com 30 metros cúbicos de madeira sem autorização ambiental, de 500 kg de palmito em descaminho, de 15 toneladas de cobre, de 100 frascos de perfume falsificado, de 6,5 quilos de cocaína, além de quatro veículos recuperados, sendo dois com placas da Argentina. Muitas multas foram aplicadas e carros com documentos vencidos apreendidos.
O objetivo da operação é combater a entrada de munições que alimentem o crime organizado, como a facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Foram feitas barreiras, acionadas rondas e colocada em ação a inteligência da PRF em busca de bloquear entrada e saída de drogas, armas, veículos furtados e roubados e movimentação de quadrilhas.
Com as vias federais vigiadas - com metralhadoras e cães farejadores, inclusive - o medo é que o tráfico e o contrabando tenham como rota de fuga as vias estaduais. Para evitar o problema, a PRF se reuniu nesta Terça-feira com o secretário de Segurança Pública do Estado, Saulo Abreu, e a cúpula da Polícia Militar e Polícia Rodoviária Estadual. Eles firmaram um acordo para trabalhar em conjunto sempre que houver blitze nas estradas federais, fechando também as estaduais.
Investimento
O governo federal investiu na operação Aliança entre R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões. A tropa se dividiu em 17 bases operacionais. O alvo foi dividido em três anéis, sendo o primeiro as entradas da capital paulista. O segundo era o entorno dos municípios de Ourinhos, São José dos Campos e Registro, no interior. E o terceiro, as divisas com os quatro Estados.
Nos principais pontos da operação, o trânsito ficou lento em alguns horários de pico. Na Régis Bittencourt, próximo de Itapecerica da Serra, houve congestionamento de cerca de dez quilômetros. Na Presidente Dutra, em Guarulhos, o pouso de um helicóptero - seguido do passeio de outros dois no ar - parou o trânsito por dez minutos, ocasionando lentidão de quatro quilômetros. Na Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo à Minas Gerais, onde a operação teve início primeiro, às 5 horas e terminou por volta de 13h30, a pista parou em quatro quilômetros.
Segundo estimativas do coordenador da operação no posto da PRF em Atibaia, inspetor adjunto Rorani Breves dos Santos, cerca de 350 carros foram fiscalizados e mais de 20 multas foram aplicadas, a maioria por falta de documentação. Além disso, dois homens foram detidos e levados à Delegacia Central de Atibaia por estarem com documentos falsificados.
Na via, a PRF autuou a química Carla Arruda em R$ 85,13 por estar com as letras da placa apagadas. "A gente paga impostos para eles (policiais) trabalharem", disse Carla, sem se incomodar com a situação. Depois de assinar a multa, ela recebeu um tubinho de tinta preta com um pincel para refazer as letras que estavam sumindo. "Eu ando muito em estrada de terra. E não tinha percebido que estava apagada", justificou.
O bloqueio na Rodovia Régis Bittencourt foi montado no quilômetro 285, em Itapecerica. A blitz contou com 16 policiais rodoviários federais distribuídos em quatro viaturas. A primeira fase se deu a partir das 5h30 no sentido Capital/Interior. Ao clarear o dia, a operação foi invertida no sentido dos veículos que entravam em São Paulo. Os policiais que participaram do blitz na Régis Bittencourt contestaram a ordem que veio de Brasília para que operação durasse oito horas. Ela terminou às 13 horas. "Um bloqueio estático tem eficiência nas duas primeiras horas, depois disso não se pega mais nada. A bandidagem toda sabe que nós estamos aqui. Mas não dá para discutir uma ordem que veio de cima" disse um policial.
"Em pouco tempo a notícia corre, quase todos os caminhões tem radiocomunicadores. Um avisa o outro e que tem ´coisa errada´ dá um jeito de cair fora", disse o caminhoneiro Antonio Rodrigues. Ele contou que os postos de gasolina próximos da blitz nunca estiveram tão lotados. Durante todo esse tempo policiais revistaram e vasculharam 154 veículos. Nada de armamento ou entorpecente. No trecho, só a apreensão da carga "suspeita" de 13 toneladas de sucata de cobre.
O balanço final do primeiro dia - serão pelo menos 15 dias - registrou 18 prisões, entre elas as de dois assaltantes considerados perigosos, apreensões de uma carreta com 30 metros cúbicos de madeira sem autorização ambiental, de 500 kg de palmito em descaminho, de 15 toneladas de cobre, de 100 frascos de perfume falsificado, de 6,5 quilos de cocaína, além de quatro veículos recuperados, sendo dois com placas da Argentina. Muitas multas foram aplicadas e carros com documentos vencidos apreendidos.
O objetivo da operação é combater a entrada de munições que alimentem o crime organizado, como a facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Foram feitas barreiras, acionadas rondas e colocada em ação a inteligência da PRF em busca de bloquear entrada e saída de drogas, armas, veículos furtados e roubados e movimentação de quadrilhas.
Com as vias federais vigiadas - com metralhadoras e cães farejadores, inclusive - o medo é que o tráfico e o contrabando tenham como rota de fuga as vias estaduais. Para evitar o problema, a PRF se reuniu nesta Terça-feira com o secretário de Segurança Pública do Estado, Saulo Abreu, e a cúpula da Polícia Militar e Polícia Rodoviária Estadual. Eles firmaram um acordo para trabalhar em conjunto sempre que houver blitze nas estradas federais, fechando também as estaduais.
Investimento
O governo federal investiu na operação Aliança entre R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões. A tropa se dividiu em 17 bases operacionais. O alvo foi dividido em três anéis, sendo o primeiro as entradas da capital paulista. O segundo era o entorno dos municípios de Ourinhos, São José dos Campos e Registro, no interior. E o terceiro, as divisas com os quatro Estados.
Nos principais pontos da operação, o trânsito ficou lento em alguns horários de pico. Na Régis Bittencourt, próximo de Itapecerica da Serra, houve congestionamento de cerca de dez quilômetros. Na Presidente Dutra, em Guarulhos, o pouso de um helicóptero - seguido do passeio de outros dois no ar - parou o trânsito por dez minutos, ocasionando lentidão de quatro quilômetros. Na Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo à Minas Gerais, onde a operação teve início primeiro, às 5 horas e terminou por volta de 13h30, a pista parou em quatro quilômetros.
Segundo estimativas do coordenador da operação no posto da PRF em Atibaia, inspetor adjunto Rorani Breves dos Santos, cerca de 350 carros foram fiscalizados e mais de 20 multas foram aplicadas, a maioria por falta de documentação. Além disso, dois homens foram detidos e levados à Delegacia Central de Atibaia por estarem com documentos falsificados.
Na via, a PRF autuou a química Carla Arruda em R$ 85,13 por estar com as letras da placa apagadas. "A gente paga impostos para eles (policiais) trabalharem", disse Carla, sem se incomodar com a situação. Depois de assinar a multa, ela recebeu um tubinho de tinta preta com um pincel para refazer as letras que estavam sumindo. "Eu ando muito em estrada de terra. E não tinha percebido que estava apagada", justificou.
O bloqueio na Rodovia Régis Bittencourt foi montado no quilômetro 285, em Itapecerica. A blitz contou com 16 policiais rodoviários federais distribuídos em quatro viaturas. A primeira fase se deu a partir das 5h30 no sentido Capital/Interior. Ao clarear o dia, a operação foi invertida no sentido dos veículos que entravam em São Paulo. Os policiais que participaram do blitz na Régis Bittencourt contestaram a ordem que veio de Brasília para que operação durasse oito horas. Ela terminou às 13 horas. "Um bloqueio estático tem eficiência nas duas primeiras horas, depois disso não se pega mais nada. A bandidagem toda sabe que nós estamos aqui. Mas não dá para discutir uma ordem que veio de cima" disse um policial.
"Em pouco tempo a notícia corre, quase todos os caminhões tem radiocomunicadores. Um avisa o outro e que tem ´coisa errada´ dá um jeito de cair fora", disse o caminhoneiro Antonio Rodrigues. Ele contou que os postos de gasolina próximos da blitz nunca estiveram tão lotados. Durante todo esse tempo policiais revistaram e vasculharam 154 veículos. Nada de armamento ou entorpecente. No trecho, só a apreensão da carga "suspeita" de 13 toneladas de sucata de cobre.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/286105/visualizar/
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