Brincar de super-herói faz com que pessoas fiquem mais colaborativas

"Grandes poderes trazem grandes responsabilidades." O lema usado pelo Homem-Aranha, criado por Stan Lee, serviu como base para um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores descobriram que o comportamento humano pode ser influenciado por experiências virtuais, indicando que o cérebro guarda a lembrança do avatar como se aquilo tivesse realmente acontecido na vida real. Ou seja, bancar o super-herói no videogame pode fazer você querer agir da mesma maneira na vida real e, assim, ajudar mais as pessoas ao seu redor.

Com um capacete de realidade virtual, 60 voluntários foram divididos em dois grupos para sobrevoar uma cidade fictícia: enquanto uns tiveram a sensação de andar de helicóptero, outros usaram as mãos como sensores para voar, assim como fazem os super-heróis.

Independente da missão que tinham no jogo – um tour virtual pelo cenário ou entregar a insulina para uma criança diabética perdida –, o grupo com o poder do Super-Homem teve reações mais positivas ao fim da experiência.

A experiência

Quando a instrutora do voo virtual derrubou 15 canetas no chão da sala, fingindo ser um acidente, as pessoas que agiram como super-heróis se levantavam da cadeira e recolhiam os objetos mais rápido do que as que passearam de helicóptero. Os únicos seis que decidiram não ajudar (10% da amostra) – e ficaram sentados observando a instrutora pegar uma caneta por vez – tinham participado do grupo das pessoas que não tinham "superpoderes".

De acordo com o estudo, que foi publicado na edição da Pnas, a realidade virtual e outros jogos podem ajudar no tratamento de distúrbios psicológicos ao gerar comportamentos positivos.