Quase R$ 13 milhões em propinas pagas pelo esquema dos sanguessugas
Desses 12,8 milhões de reais, Vedoin já declarou ter desembolsado cerca de 5,3 milhões de reais em dinheiro ou presentes, sendo 4,3 milhões de reais para deputados e senadores; e 1 milhão de reais para prefeitos. Isso sem contar os casos em que ele não se lembra do valor efetivamente pago de comissão ao parlamentar ou a seus assessores.
Em outros, ele diz ter pago mais do que ficou acertado previamente, normalmente, segundo ele, um percentual correspondente ao valor das emendas parlamentares aprovadas para a compra de ambulâncias. Há situações, por exemplo, em que o chefe da quadrilha fazia antecipações, com a promessa de apresentação futura de novas emendas, o que às vezes não ocorria.
Pouco mais de 1 milhão de reais, segundo Vedoin, foi entregue aos suspeitos em dinheiro vivo. E a maioria das operações, conta ele, foi feita nos gabinetes do Congresso. Nesta contabilidade, entram os acordos de comissão — cujos percentuais variavam entre 10%, 12% e 15% do valor das emendas — fechados com cerca de 15% do atual Congresso, e pelo menos duas dezenas de ex-deputados
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