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Meio Ambiente
Quinta - 27 de Julho de 2006 às 15:06

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Os níveis de ozônio na estratosfera foram recuperados nos dois últimos anos, possivelmente pelo controle das mudanças climáticas, mas "não há indícios claros de que o buraco sobre a Antártica esteja fechando", segundo estudo do Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial (Inta) da Espanha.

O chefe de Pesquisa e Instrumentação Atmosférica do Inta, Manuel Gil, afirmou hoje em Madri que o Protocolo de Montreal e as medidas internacionais adotadas para enfrentar o problema da camada de ozônio na atmosfera "parecem estar funcionando".

Gil dirigiu um estudo realizado nas Ilhas Canárias em uma colaboração entre o Inta e o Observatório Atmosférico de Izaña do Instituto Nacional de Meteorologia (INM) para analisar o impacto do pó do deserto do Saara nas medições da camada de ozônio e saber com exatidão os danos causados pela poluição industrial.

Os níveis de ozônio aumentaram e a tendência observada nos dois últimos anos é de que "comece a haver mais ozônio na estratosfera", disse Gil. Segundo o especialista, esse processo coincidiu com o "freio nas emissões de outros gases". Apesar disso, ainda não há indícios de que "o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica esteja sendo fechado", explicou Gil.

"A situação nos pólos é mais difícil e, por isso, vai demorar mais em atingir uma recuperação" dos níveis de ozônio, acrescentou.

Atualmente, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) está elaborando um documento de edição quadrienal sobre o estado da camada de ozônio, com dados quantitativos sobre sua evolução.





Fonte: EFE

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