Nível de ozônio aumenta, mas não resolve problema sobre Antártica
O chefe de Pesquisa e Instrumentação Atmosférica do Inta, Manuel Gil, afirmou hoje em Madri que o Protocolo de Montreal e as medidas internacionais adotadas para enfrentar o problema da camada de ozônio na atmosfera "parecem estar funcionando".
Gil dirigiu um estudo realizado nas Ilhas Canárias em uma colaboração entre o Inta e o Observatório Atmosférico de Izaña do Instituto Nacional de Meteorologia (INM) para analisar o impacto do pó do deserto do Saara nas medições da camada de ozônio e saber com exatidão os danos causados pela poluição industrial.
Os níveis de ozônio aumentaram e a tendência observada nos dois últimos anos é de que "comece a haver mais ozônio na estratosfera", disse Gil. Segundo o especialista, esse processo coincidiu com o "freio nas emissões de outros gases". Apesar disso, ainda não há indícios de que "o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica esteja sendo fechado", explicou Gil.
"A situação nos pólos é mais difícil e, por isso, vai demorar mais em atingir uma recuperação" dos níveis de ozônio, acrescentou.
Atualmente, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) está elaborando um documento de edição quadrienal sobre o estado da camada de ozônio, com dados quantitativos sobre sua evolução.
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