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Politica Brasil
Quinta - 27 de Julho de 2006 às 07:43
Por: Andréia Fontes

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquéritos (CPMI) das "Sanguessugas" confirmou ontem à noite que os 90 parlamentares já notificados, entre eles os últimos 33, sendo 7 de Mato Grosso, estão na condição de investigados. O deputado Fernando Gabeira, membro da Comissão, ressaltou que ninguém é considerado culpado ainda, "mas são todos investigados". A condição de investigados também foi confirmada pela assessoria do presidente da CPMI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ).

Em coletiva à imprensa, a senadora Serys Marly (PT) admitiu ter recebido notificação da CPMI para apresentar sua defesa em cinco dias - até segunda-feira. Apesar da notificação, a parlamentar nega estar sendo investigada e ataca A Gazeta pela notícia da investigação que corre contra ela. "Eu não estou sendo investigada. Fui notificada para apresentar defesa e A Gazeta coloca que estou sendo investigada. Isso é um crime e vão responder por isso", diz a senadora.

Informado sobre o fato, o deputado Gabeira rebateu dizendo que trata-se de uma interpretação da senadora. "O que posso te afirmar é que os deputados e senadores notificados estão sendo investigados", reforçou.

O filho da senadora, Alexandre Slhessarenko, que acompanhou a coletiva, ironizou o trabalho de A Gazeta e, com palavras agressivas e tom alterado à jornalista, acusava, ao final da entrevista, o jornal de usar o fato de forma eleitoreira.

A senadora, que afirma não conhecer os donos da Planam, entre eles Luiz Antônio Trevisan Vedoin, que citou a petista em depoimento à Justiça Federal, diz que a citação foi uma forma dos "bandidos" tirarem seus nomes das manchetes. "Hoje as manchetes não são os bandidos, sou eu. Foi uma forma de se livrarem. Não tinha ninguém do PT e eles tinham que colocar alguém. A busca desesperada era encontrar alguém do PT".

A senadora ainda afirmou que Luiz Antônio Vedoin está sendo "mal orientado" por citar o nome dela. Segundo Serys, que teve acesso ao depoimento, o empresário Luiz Antônio faz menção ao seu nome em 10 linhas. Todo o assunto (história do genro da senadora) que fez com que a CPMI decidisse investigá-la teria sido citado em 43 linhas, segundo a própria parlamentar.

Afirmando não poder mostrar o trecho, por tratar-se de documento sigiloso, Serys aponta que o empresário citou três emendas como destinadas por ela. Entretanto, garante não ser autora de duas delas e a terceira o recurso não foi liberado porque era para a construção de asfalto no Pedra 90, em Cuiabá. Como a prefeitura estava inadimplente à época, não conseguiu a liberação da verba.

As outras emendas citadas e que Serys garante não ter sido autora são para Pontes e Lacerda. Uma para construção de um anel viário e outra para um posto de saúde. "Já tenho a origem das emendas", disse a senadora, sem dizer, no entanto, quem seria o autor. Ele diz que irá apresentar todos os dados levantados à CPMI em sua defesa.




Fonte: A Gazeta

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