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Lula defende lucro de bancos e se diz vítima de preconceito
Em discurso ontem à noite na inauguração de seu comitê em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, justificou o lucro dos bancos em sua gestão e disse que é melhor assim do que socorrê-los depois, como na gestão tucana. Lula se colocou outra vez como vítima de "preconceito" e disse que a oposição terá de "roer o osso" antes de "comer o filé mignon" que diz ter posto na mesa.
"Banqueiro não tinha porque estar contra o governo, porque os bancos ganharam dinheiro. E eu dizia textualmente que preferiria que os bancos ganhassem dinheiro a ter de fazer outro Proer, como foi feito, gastando bilhões e bilhões de reais", disse o presidente.
Anunciado em novembro de 1995, o Proer (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional) foi instituído para ajudar bancos privados em dificuldades financeiras e evitar um suposto colapso do sistema financeiro.
Ao falar dos bancos, Lula citou alguns empresários que estariam contra a sua gestão. "As empresas brasileiras ganharam dinheiro como poucas vezes na história. Aliás, em 2004, foi a primeira vez que as maiores empresas ganharam mais dinheiro que os bancos. Então não tinham porque estar com tanta raiva e preconceito."
Os bancos que atuam no país lucraram R$ 10,221 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 61,5% em relação ao resultado apurado no mesmo período de 2005. O ganho recorde de R$ 2,343 bilhões obtido pelo Banco do Brasil foi o fator que mais influenciou na lucratividade.
O discurso foi acompanhado por cerca de 2.000 pessoas, segundo a Polícia Militar.
Ataque
A fala de Lula, de cerca de meia hora, foi embalada pelo discurso do presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB). O comunista deixou o lado pacato de lado e atacou os adversários de Lula. "Queremos essa raça longe do governo", disse, numa crítica ao presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), que atacou a "raça" petista num artigo.
O presidente falou a seguir. "Neste país, não existe a cultura de aceitar as pessoas que representam outras camadas da sociedade e ocupam espaços políticos importantes. Daí explica o verdadeiro ódio contra o PCdoB, contra o PSB, contra o PT, contra nós estarmos de forma petulante, na visão deles, querendo ocupar um lugar que historicamente é deles."
Em meio à sua fala, Lula prometeu não atacar adversários, mas afirmou que eles estão com um "grande problema". "Apostavam no fracasso total e absoluto do governo", disse.
A colagem nos pobres, o que já havia sinalizado na convenção petista que oficializou sua candidatura, em junho passado, ocorreu de novo ontem em seu discurso. "Eu conheço a alma do povo e dos meus adversários. Eles [da oposição] ficam doidos [com as ações do governo petista]." E falou mais: "Pobre era usado para bater palma, e não como ator principal".
Lula disse que, ao assumir a Presidência, não era um "marinheiro de primeira viagem" e que vem "roendo o osso" desde janeiro de 2003. "Eles [oposição] querem vir comer o filé mignon que nós colocamos na mesa? Vão ter de roer o osso que nós roemos."
Lanche
Uma perua Kombi, de uso exclusivo da Presidência, esteve ontem distribuindo lanches para os seguranças do presidente.
Assessores da Presidência têm o entendimento que a estrutura para médico, cerimonial e seguranças do presidente têm que estar à disposição do presidente mesmo quando é um evento de campanha.
Para o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio de Mello, "é absolutamente legítimo" o uso da estrutura para o presidente. "Não podemos dissociar, ele é ao mesmo tempo presidente e candidato." Marco Aurélio disse que não poderia haver distribuição de lanches aos presentes. "Se ficou restrito ao apoio da segurança do presidente é legítimo e não há nada criticável."
"Banqueiro não tinha porque estar contra o governo, porque os bancos ganharam dinheiro. E eu dizia textualmente que preferiria que os bancos ganhassem dinheiro a ter de fazer outro Proer, como foi feito, gastando bilhões e bilhões de reais", disse o presidente.
Anunciado em novembro de 1995, o Proer (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional) foi instituído para ajudar bancos privados em dificuldades financeiras e evitar um suposto colapso do sistema financeiro.
Ao falar dos bancos, Lula citou alguns empresários que estariam contra a sua gestão. "As empresas brasileiras ganharam dinheiro como poucas vezes na história. Aliás, em 2004, foi a primeira vez que as maiores empresas ganharam mais dinheiro que os bancos. Então não tinham porque estar com tanta raiva e preconceito."
Os bancos que atuam no país lucraram R$ 10,221 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 61,5% em relação ao resultado apurado no mesmo período de 2005. O ganho recorde de R$ 2,343 bilhões obtido pelo Banco do Brasil foi o fator que mais influenciou na lucratividade.
O discurso foi acompanhado por cerca de 2.000 pessoas, segundo a Polícia Militar.
Ataque
A fala de Lula, de cerca de meia hora, foi embalada pelo discurso do presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB). O comunista deixou o lado pacato de lado e atacou os adversários de Lula. "Queremos essa raça longe do governo", disse, numa crítica ao presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), que atacou a "raça" petista num artigo.
O presidente falou a seguir. "Neste país, não existe a cultura de aceitar as pessoas que representam outras camadas da sociedade e ocupam espaços políticos importantes. Daí explica o verdadeiro ódio contra o PCdoB, contra o PSB, contra o PT, contra nós estarmos de forma petulante, na visão deles, querendo ocupar um lugar que historicamente é deles."
Em meio à sua fala, Lula prometeu não atacar adversários, mas afirmou que eles estão com um "grande problema". "Apostavam no fracasso total e absoluto do governo", disse.
A colagem nos pobres, o que já havia sinalizado na convenção petista que oficializou sua candidatura, em junho passado, ocorreu de novo ontem em seu discurso. "Eu conheço a alma do povo e dos meus adversários. Eles [da oposição] ficam doidos [com as ações do governo petista]." E falou mais: "Pobre era usado para bater palma, e não como ator principal".
Lula disse que, ao assumir a Presidência, não era um "marinheiro de primeira viagem" e que vem "roendo o osso" desde janeiro de 2003. "Eles [oposição] querem vir comer o filé mignon que nós colocamos na mesa? Vão ter de roer o osso que nós roemos."
Lanche
Uma perua Kombi, de uso exclusivo da Presidência, esteve ontem distribuindo lanches para os seguranças do presidente.
Assessores da Presidência têm o entendimento que a estrutura para médico, cerimonial e seguranças do presidente têm que estar à disposição do presidente mesmo quando é um evento de campanha.
Para o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio de Mello, "é absolutamente legítimo" o uso da estrutura para o presidente. "Não podemos dissociar, ele é ao mesmo tempo presidente e candidato." Marco Aurélio disse que não poderia haver distribuição de lanches aos presentes. "Se ficou restrito ao apoio da segurança do presidente é legítimo e não há nada criticável."
Fonte:
24HorasNews
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/287498/visualizar/
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