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Politica Brasil
Segunda - 24 de Julho de 2006 às 15:41
Por: João Carlos M. Caldeira.

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Até o exato momento em que escrevia este artigo, a população de Mato Grosso recolheu R$-4.763.868.432,21 em impostos municipais, estaduais e federais, somente neste ano. No país todo, a cifra ultrapassa a casa dos R$-457 bilhões de reais em 2006.

As informações estão à disposição de quem quiser consultar o site www.aclame.com.br . A responsabilidade das informações e do site é de uma ONG, denominada Associação da classe média, que busca a valorização da livre iniciativa e da justiça tributária neste país.

De acordo com a Aclame, até a presente data (não sabemos o que nos espera amanhã), convivemos com 75 impostos, taxas e contribuições no Brasil, que corresponde a 48,83% sobre o faturamento bruto das empresas.

É um verdadeiro festival de tributos, sobre os mais variados nomes e siglas. Você acredita que conhece a maioria? Então veja: DPC-Contribuição á Direção de Portos e Costas, SAT-Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho, FUST-Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, ITCMD-Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, TFPC-Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército, entre dezenas de outros.

Todos os governantes, do Presidente Lula ao prefeito Wilson Santos sem exceções, sempre buscam melhorar a arrecadação e o caixa público através do aumento dos tributos, seja criando um novo, seja aumentando os existentes ou elaborando leis e decretos que na realidade são verdadeiras armadilhas aos cidadãos de bem deste país.

Medidas duras, eficientes e que realmente equilibrariam os orçamentos públicos em todo o país, como a sonegação e o corte de despesas, sempre ficam em segundo plano, e nós contribuintes sempre pagamos a conta.

Chega de comodismo! Basta de individualismo e isolamento! Temos que unir nossas forças, através de sindicatos, federações, cooperativas, associações e manifestações públicas e exigir profissionalismo, seriedade e honestidade da classe política.

Não podemos permitir que a classe política administre o estado e nossas empresas públicas como se fossem ¨filiais¨ de seus partidos, fontes de arrecadação de recursos ilegais para as campanhas políticas e seus interesses pessoais.

Há anos estamos assistindo inertes, a uma irresponsabilidade da política tributária em nosso país, que massacra e esmaga o contribuinte, em detrimento dos interesses e desejos de nossos governantes.

Sem reduzir a carga tributária em todos os níveis da administração pública, sem o corte profundo e criterioso nos gastos e orçamentos e sem combater a sonegação e a injusta distribuição da carga tributária, não há como ter desenvolvimento sustentável de longo prazo e nem tão pouco distribuição de renda e justiça social.

Qualquer outra idéia, sugestão ou medida que não contemple as medidas acima, são meras especulações e exercício de ilusionismo tributário.





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