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Politica Brasil
Segunda - 24 de Julho de 2006 às 09:40

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O caso da máfia dos sanguessugas já era, na semana passada, um dos maiores escândalos de corrupção descobertos no país. Nada menos do que 57 parlamentares estavam sob suspeita de ter recebido suborno de uma empresa de ambulâncias, a Planam, para destinar recursos do Orçamento federal a prefeituras compradoras dos veículos. Na quinta-feira passada, porém, descobriu-se que tanto o número de envolvidos no esquema quanto o seu alcance haviam sido subestimados. Os parlamentares acusados de participar da máfia dos sanguessugas ultrapassam uma centena – o número exato é 112 –, só em Mato Grosso os envolvidos são 17, 10 prefeitos e 7 parlamentares. O empresário Luiz Vedoin , disse ter subornado sessenta prefeitos de cidades do interior, para que licitações na compra de equipamentos médicos fossem ganhas por sua empresa , a Planam.

Confira os nomes que ele indicou , as cidades que administram os valores de propinas e a data que foram pagas:

Hélio José do Carmo (PMDB)-São José do Xingu R$ 4 mil- 15/03/02 Isolete Correa Rodrigues (PFL)- Brasnorte R$ 5 mil- 22/04/02 Nelson Miúra (PPS)- Pontes e Lacerda- R$ 20 mil 11/02/03 e 04 Gilberto Siebert (PPS)- Cotriguaçu- R$ 10 mil - 23/01/03 Antonio Rodrigues da Silva (PMDB) Poxoréu - R$ 14 mil - 2005/2006 Celso Paulo Banazeski (PTB)- Colíder- R$ 18,4 mil 2005/2006 José Aparecido dos Santos (PFL)- Nova Marilândia- R$ 125,4 mil 2001/2003/2004/e 2005 João Batista de Sá (PMDB)- Torixoréu- R$ 15 mil - 2006 Marco A. Fullin (PSDB)- Bom Jesus do Araguaia- R$ 4 mil - 12/06/02 E foram citados dois ex-prefeitos, são eles: Romualdo Júnior (PPS)- Alta Floresta- R$ 10,4 mil - 2004 Joaquim Matias Valadão (PPS)- Campinápolis - R$ 27 mil - 2003/04

Dos parlamentares já citados na primeira lista aparecem os nomes de Pedro Henry (PP), Lino Rossi (PP), Teté Bezerra (PMDB), Ricarte de Freitas (PTB) e Welinton Fagundes (PL), na nova lista os nomes de Celcita Pinheiro (PFL) e do ex-senador Carlos Gomes Bezerra (PMDB) foram citados no depoimento de Luiz Antonio Vedoin um dos sócios da Planam, ao longo de uma série de depoimentos sigilosos prestados à Justiça Federal nas duas últimas semanas.

A indagação

O depoimento de Luiz Vedoin não acusa a senadora Serys Marli (PT-MT) de ter recebido propina diretamente, mas lança sobre ela uma suspeita. O empresário afirma ter pago a um genro da parlamentar, identificado como Paulo Roberto, 35 000 reais a título de "comissão" por uma emenda para a compra de ambulâncias apresentada por Serys. Vedoin contou à Justiça que, em 2003, Paulo Roberto pediu a ele que ajudasse a saldar "dívidas de campanha" da senadora. Fechou-se um acordo: a parlamentar apresentaria uma emenda – cujo valor foi de 700 000 reais – e a Planam pagaria uma propina de 10%.

Se a participação da senadora petista no esquema dos sanguessugas for confirmada, o número de parlamentares envolvidos subirá para 113. Serys nega que tenha recebido dinheiro da Planam.




Fonte: 24HorasNews

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