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Maioria de candidatos não é mato-grossense
A maioria dos candidatos à eleição deste ano em Mato Grosso não é natural do Estado. Olhando a disputa por cada cargo, individualmente, o percentual menor de mato-grossenses está na eleição para o Senado. Dos oito candidatos, apenas dois, ou 25%, são naturais de Mato Grosso. Mas o número de "paus rodados" (como os cuiabanos chamam quem vem de fora) em busca de uma vaga na Assembléia Legislativa também é grande, são 60,8%. Para a eleição de federal, a prevalência dos migrantes continua, com 56,5% dos candidatos. Somente na eleição para governador a situação é mais equilibrada. Dos oito candidatos,e a metade é de Mato Grosso (veja quadro).
A discrepância se repete na atual representação do Estado no Poder Legislativo, seja estadual ou federal. Somente no Senado os "filhos da terra" são em maior número. Dos três senadores da bancada dois são nascidos no Estado (Jonas Pinheiro - PFL e Antero Paes de Barros -PSDB). Já na Câmara, dos oito parlamentares somente três são mato-grossenses. E na Assembléia Legislativa a diferença é ainda maior, onde dos 24 deputados, apenas quatro nasceram em Mato Grosso.
Essa situação é facilmente explicável quando se leva em consideração que Mato Grosso, assim como outros estados, cresceu muito na década de 70 com o movimento migratório. E também prova, ao contrário do que muitos defendem, que a maior parte do eleitorado não leva em consideração a naturalidade do candidato na hora de votar.
O cientista político Louremberg Alves, 44, lembra de um episódio da campanha de 2002, quando o então candidato a governo Blairo Maggi teria dito que era preciso "descuiabanizar" o poder em Mato Grosso. Maggi sempre negou ter dito tal coisa, mas a chamada cuiabania ficou "profundamente" magoada com a situação. Na avaliação dele, essa parcela da população, que está historicamente ligada às raízes do Estado, não decide uma eleição.
"A imensa maioria, que define a eleição, é formada por pessoas que vieram de fora em busca de emprego ou condições melhores de sobrevivência. Eles respeitam e gostam da região, mas não têm vínculo forte com a história e escolhem seus candidatos independentemente da naturalidade", frisa Alves.
A discrepância se repete na atual representação do Estado no Poder Legislativo, seja estadual ou federal. Somente no Senado os "filhos da terra" são em maior número. Dos três senadores da bancada dois são nascidos no Estado (Jonas Pinheiro - PFL e Antero Paes de Barros -PSDB). Já na Câmara, dos oito parlamentares somente três são mato-grossenses. E na Assembléia Legislativa a diferença é ainda maior, onde dos 24 deputados, apenas quatro nasceram em Mato Grosso.
Essa situação é facilmente explicável quando se leva em consideração que Mato Grosso, assim como outros estados, cresceu muito na década de 70 com o movimento migratório. E também prova, ao contrário do que muitos defendem, que a maior parte do eleitorado não leva em consideração a naturalidade do candidato na hora de votar.
O cientista político Louremberg Alves, 44, lembra de um episódio da campanha de 2002, quando o então candidato a governo Blairo Maggi teria dito que era preciso "descuiabanizar" o poder em Mato Grosso. Maggi sempre negou ter dito tal coisa, mas a chamada cuiabania ficou "profundamente" magoada com a situação. Na avaliação dele, essa parcela da população, que está historicamente ligada às raízes do Estado, não decide uma eleição.
"A imensa maioria, que define a eleição, é formada por pessoas que vieram de fora em busca de emprego ou condições melhores de sobrevivência. Eles respeitam e gostam da região, mas não têm vínculo forte com a história e escolhem seus candidatos independentemente da naturalidade", frisa Alves.
Fonte:
Gazeta Digital
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/287836/visualizar/
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