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Internacional
Quinta - 20 de Julho de 2006 às 09:15

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O líder druso libanês, Walid Jumblatt, acusou a Síria e o Irã de ter preparado a operação de captura de dois soldados israelenses para desviar a atenção do mundo do caso nuclear iraniano.

Segundo Jumblatt, o máximo negociador nuclear iraniano, Ali Larijani, viajou recentemente a Damasco e dali "deu a ordem (ao Hisbolá) para a operação", que aconteceu justamente antes da cúpula do Grupo dos Oito (G8), os sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia.

"O G8, que deveria analisar o caso nuclear iraniano, teve que se concentrar na situação do Líbano", disse Jumblatt.

O líder druso assegura que esta viagem de Larijani a Damasco aconteceu exatamente depois do fracasso das conversas entre o negociador nuclear e o Alto Representante da União Européia para a Política Externa, Javier Solana.

"(O regime sírio) quer vincular o Líbano ao conflito do Oriente Médio para poder se manter no Líbano como força governante", afirmou Jumblatt, um ex-aliado da Síria.

Jumblatt critica o secretário-geral do Hisbolá, Hassan Nasrallah, por dizer que esse grupo está travando uma batalha em nome da Nação Árabe. O líder druso considera que o Líbano, como Estado democrático, "tem direito a discutir esta decisão (porque) a guerra e a paz não são monopólios de um partido".

"O Estado é o único que deve decidir, e não haverá Estado enquanto houver uma força armada fora de seu controle", afirmou.

Esta é uma das críticas mais abertas contra o Hisbolá desde o início dos ataques israelenses e se une aos apelos do primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, à comunidade internacional para que ajude o Governo a desarmar o Hisbolá, que se transformou em um "Estado dentro de um Estado".





Fonte: EFE

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