Aliança do governador quer as 8 vagas
"Não acredito que o PSDB e o PT possam atingir essa votação", diz um membro do PPS. Nesse caso, mesmo que tenha uma votação expressiva a deputada federal Thelma de Oliveira, que deverá dizer se aceita ou não disputar a reeleição, poderá não se eleger. Ela poderá repetir as eleições de 1990, quando o ex-governador Dante de Oliveira, que faleceu este mês, foi o candidato a deputado federal mais votado do Estado, mas não conseguiu se eleger porque o seu partido, na época o PDT, não atingiu o quociente eleitoral.
Naquela eleições, Dante teve quase 50 mil votos, mas viu o médico José Augusto Curvo, na época no PL, se eleger com pouco mais de 10 mil votos. "Essa situação poderá se repetir", afirma o socialista. Nessa mesma situação estaria o deputado Carlos Abicalil (PT), que deve ser um dos mais votados.
Na projeção feita pelas lideranças da coligação Mato Grosso Unido e Justo, o PT, junto com os seus aliados, não conseguirá atingir o quociente eleitoral de 190 mil, como está previsto. Isso mesmo se Abicalil conseguir a votação das eleições de 2002, quando teve mais de 100 mil votos.
A possibilidade de Blairo Maggi eleger todos os deputados federais, na avaliação da sua coligação, é grande, o que faria ele repetir o feito do ex-governador Jaime Campos que, em 1990, só teve aliados na Câmara dos Deputados. Por isso, as lideranças do PPS não deixaram, na semana passada, o presidente da Famato, Homero Pereira, renunciar a sua candidatura a deputado federal pelo partido. Caso isso acontecesse, a aliança entre o PPS e a Frentinha não teria condições de eleger ao menos um parlamentar federal, como é previsto.
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