Alckmin espera receber apoio de Itamar em Minas
Itamar foi na última eleição o primeiro governador de Estado não-petista a anunciar seu apoio ao candidato do PT Luiz Inácio Lula da Silva. v Dessa vez, Itamar optou por apoiar Alckmin por ter sofrido duas derrotas para o PMDB aliado a Lula que acabaram o levando a deixar o partido.
Primeiro, Itamar viu derrotada a tese de candidatura própria à Presidência do PMDB -se lançara candidato após uma reunião com o ex-ministro José Dirceu e foi visto por alguns como instrumento do Planalto contra o outro pré-candidato, Anthony Garotinho.
Depois, embora liderasse as pesquisas, foi alijado pelo PMDB mineiro na disputa por uma vaga ao Senado pelo partido em Minas -a legenda decidiu apoiar o ex-governador Newton Cardoso, em um evento que contou com o vice-presidente José Alencar (PRB).
O apoio de Itamar deve ser anunciado em viagem que Alckmin fará a Minas na próxima semana. Na ocasião, o tucano deve se encontrar também com o governador Aécio Neves (PSDB), mas somente após às 17h -para que Aécio, que concorre à reeleição, não seja acusado de fazer campanha no horário do expediente.
Itamar não será o único a manifestar seu apoio a Alckmin nos próximos dias. Em reação ao jantar oferecido por Lula ao PMDB governista, a ala da sigla alinhada ao tucano decidiu realizar um ato público de apoio a ele, dentro de duas semanas.
A manifestação está sendo organizada pelo presidente e pelo segundo-vice-presidente do PMDB, respectivamente Michel Temer (SP) e Eliseu Padilha (RS). Jarbas Vasconcelos (PE) será o anfitrião, em Recife.
Temer e Padilha combinaram a estratégia com o próprio Alckmin, em reunião na quarta. Os três combinaram a divulgação de um manifesto.
Alckmin se comprometeu a incorporá-lo ao seu programa de governo. A idéia do PMDB pró-Alckmin é marcar uma diferença em relação aos partidários de Lula. Pretende-se passar a impressão de que o primeiro grupo baseia o seu apoio numa agenda programática, enquanto o segundo busca cargos.
Os peemedebistas levaram a Alckmin uma planilha com a posição dos diretórios do partido nos Estados. Dez diretórios estaduais estariam fechados com Lula; dez seriam favoráveis a Alckmin. E sete constam da lista como indecisos.
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