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Sexta - 14 de Julho de 2006 às 16:28

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Mato Grosso está na luta pela desprivatização da Companhia Vale do Rio Doce. O Comitê Estadual pela reestatização da mineradora foi lançado ontem, 13, no auditório da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat). Representantes de entidades sindicais, movimentos sociais, movimento estudantil e partidos políticos participaram do ato.

O lançamento contou com a presença de um dos coordenadores do Comitê Reage Brasil, do Estado do Paraná, Narciso Pires. O Reage Brasil foi criado em 1997, quando a Vale foi privatizada, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. O movimento voltou a se organizar após a reabertura de ações populares, contra a venda, feitas na época, e está estimulando a criação de comitês em vários Estados brasileiros.

A Vale do Rio Doce foi vendida por R$ 3,3 bilhões. Hoje, o valor estimado da companhia é de U$ 40 bilhões ou mais de R$ 100 milhões. “A Vale era, na época, a maior exportadora de minério de ferro do planeta. Um complexo de 34 empresas, com duas ferrovias muito lucrativas. Para terem uma idéia, o valor pelo qual ela foi vendida não paga os 2.600 km de trilho dessas ferrovias”, comparou Pires.

Durante o ato cada entidade ou representante político fez seu apelo pela devolução da companhia. “A Vale foi um presente para os empresários. Temos que reunir forças para retomar esse patrimônio público”, pediu o diretor da Adufmat, professor José Airton de Paula. “Anular o leilão da Vale é um passo importante para retomar outras empresas que foram privatizadas. Em Mato Grosso, temos o exemplo do Bemat e Cemat, que foram vendidas durante o governo FHC”, lembrou o presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Adunemat), professor Domingos Sávio da Cunha Garcia.

“Com o dinheiro recebido pela Vale o governo pagou os juros de um mês da dívida externa brasileira”, informou a deputada estadual Vera Araújo. “É necessária uma transformação social, no entanto, precisamos ter um espaço de questionamento para saber que país nós queremos”, disse o representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), José Geraldo.

Também se manifestaram representantes da União Estadual dos Estudantes (UEE), Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT-MT), Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, subsede Cuiabá (Sintep/Cuiabá), Diretório Central dos Estudantes (DCE), Conselho Nacional Juventude e Revolução e Partido Comunista do Brasil (PcdoB).





Fonte: Pau e Prosa

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