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Cidades/Geral
Sexta - 14 de Julho de 2006 às 15:54
Por: Oswaldo Braga

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A campanha `Y Ikatu Xingu, que pretende proteger e recuperar as nascentes e as matas ciliares da Bacia do rio Xingu no Mato Grosso, elaborou uma série de materiais para divulgação que já estão disponíveis em seu site na internet (www.yikatuxingu.org.br). Na seção Divulgue a Campanha, além do vídeo com pouco mais de 17 minutos sobre o Encontro Nascentes do Xingu, evento que deu início à mobilização, também já estão disponíveis dois spots de rádio, um videotape de 45 segundos, um cartaz e uma revista. Uma série de estudos, pesquisas e relatórios sobre projetos e eventos também já podem ser acessados na seção Estudos. Todos estes materiais podem ser baixados da internet. Já está à venda a camiseta `Y Ikatu Xingu, em tamanhos variados, que também pode ser comprada no site (compre aqui).

Os produtos de comunicação foram desenvolvidos pela campanha para que sejam multiplicados como instrumentos na luta pela proteção e recuperação das nascentes e matas ciliares do rio Xingu. Os arquivos podem ser baixados, divulgados e reproduzidos livremente por qualquer instituição, veículo de comunicação ou cidadão que queira aderir à mobilização. Quem utilizá-los também está autorizado a incluir sua assinatura em cada um dos materiais.

As organizações que integram a campanha `Y Ikatu Xingu pedem às entidades parceiras da mobilização e a todas as pessoas que acreditem na sua idéia motivadora – a proteção do rio Xingu – que empreendam esforços e iniciativas para que estes materiais possam chegar ao maior número possível de pessoas. Os ativistas em defesa do grande rio podem, por exemplo, pedir para que as emissoras de rádio e televisão locais veiculem os spots e o videotape em suas programações. O cartaz também pode ser impresso e pregado em igrejas, sindicatos, associações, clubes, centros de lazer e repartições públicas, entre outros. A logomarca da campanha também está disponível para dowload e pode ser utilizada em vários outros tipos de materiais, como cartilhas, jornais, informativos, cartazes de eventos, banners e links de páginas da internet de outras organizações.

Produtores rurais mobilizam-se pelo meio ambiente em Sorriso (MT)

Outro município do norte mato-grossense está mobilizando-se em defesa do meio ambiente e agora são os produtores rurais que estão à frente da iniciativa. O Clube Amigos da Terra (CAT) de Sorriso (MT), cerca de 440 quilômetros ao norte de Cuiabá, está desenvolvendo o Projeto de Educação Ambiental Integrado para Proteção do Solo, Água, Flora e Fauna, mais conhecido como Sorriso Vivo.

Além do trabalho de educação ambiental desenvolvido junto às escolas do município, a iniciativa prevê o treinamento de produtores, funcionários de fazendas e técnicos em práticas ambientalmente sustentáveis e a recuperação de áreas degradadas no município, em especial, Áreas de Preservação Permanente (APPs). A organização também está apoiando e divulgando um disque-denúncia (0800-647-1700) contra crimes ambientais – como desmatamentos ilegais, caça de animais silvestres e poluição das águas – implantado pela Promotoria de Justiça local.

No início de junho, o projeto Sorriso Vivo foi lançado oficialmente em uma cerimônia de premiação do concurso que escolheu o nome do mascote do projeto, um lobo Guará, que passou a chamar-se Coringa. Também foram premiados a melhor redação e o melhor desenho sobre meio ambiente. Os estudantes ganharam como prêmios um computador, uma máquina fotográfica e um aparelho de DVD. Segundo os organizadores, a competição serviu para envolver mais de 17 mil estudantes, de 37 escolas do município, com o tema. O evento contou com a presença de representantes da prefeitura, do Ministério Público, sindicatos de produtores rurais, associações e diversas entidades da sociedade civil local.

Agora o CAT deverá distribuir entre os alunos uma cartilha sobre meio ambiente e temas correlatos, como preservação do solo e da água, práticas agrícolas sustentáveis e proteção de animais selvagens. Engenheiros agrônomos e biólogos também têm ministrado palestras e cursos a estudantes, técnicos e produtores principalmente sobre o uso correto de defensivos agrícolas e a prática do plantio direto, em que os restos de uma colheita são deixados na mesma área para proteger o solo e evitar a contaminação por agrotóxicos. O mesmo público está fazendo visitas de campo regulares a uma pequena área-piloto de recuperação de APP.

O local fica na fazenda Santa Maria da Amazônia, que é uma das maiores produtoras de soja, milho, arroz e gado de Sorriso e pertence ao presidente do CAT, Darcy Getúlio Ferrarin. Ele conta que a organização pretende recuperar mais de 4 mil hectares de APPs no município e criar um viveiro de mudas de espécies nativas que deverá funcionar, mediante uma nova parceria com a Promotoria de Justiça, com a mão-de-obra de crianças e adolescentes infratores que estejam cumprindo medidas sócio-educativas. Segundo Ferrarin, atualmente, a principal preocupação do CAT são as cabeceiras dos rios da região, que faz parte da bacia do Teles Pires. “Sem água, não há produção agrícola. O meio ambiente não é problema apenas do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] e da Sema [Secretaria Estadual do Meio Ambiente]. Todo cidadão brasileiro tem responsabilidade com a preservação ambiental”, defende o fazendeiro.





Fonte: 24HorasNews

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