Campanha 'Y Ikatu Xingu' divulga materiais de comunicação
Os produtos de comunicação foram desenvolvidos pela campanha para que sejam multiplicados como instrumentos na luta pela proteção e recuperação das nascentes e matas ciliares do rio Xingu. Os arquivos podem ser baixados, divulgados e reproduzidos livremente por qualquer instituição, veículo de comunicação ou cidadão que queira aderir à mobilização. Quem utilizá-los também está autorizado a incluir sua assinatura em cada um dos materiais.
As organizações que integram a campanha `Y Ikatu Xingu pedem às entidades parceiras da mobilização e a todas as pessoas que acreditem na sua idéia motivadora – a proteção do rio Xingu – que empreendam esforços e iniciativas para que estes materiais possam chegar ao maior número possível de pessoas. Os ativistas em defesa do grande rio podem, por exemplo, pedir para que as emissoras de rádio e televisão locais veiculem os spots e o videotape em suas programações. O cartaz também pode ser impresso e pregado em igrejas, sindicatos, associações, clubes, centros de lazer e repartições públicas, entre outros. A logomarca da campanha também está disponível para dowload e pode ser utilizada em vários outros tipos de materiais, como cartilhas, jornais, informativos, cartazes de eventos, banners e links de páginas da internet de outras organizações.
Produtores rurais mobilizam-se pelo meio ambiente em Sorriso (MT)
Outro município do norte mato-grossense está mobilizando-se em defesa do meio ambiente e agora são os produtores rurais que estão à frente da iniciativa. O Clube Amigos da Terra (CAT) de Sorriso (MT), cerca de 440 quilômetros ao norte de Cuiabá, está desenvolvendo o Projeto de Educação Ambiental Integrado para Proteção do Solo, Água, Flora e Fauna, mais conhecido como Sorriso Vivo.
Além do trabalho de educação ambiental desenvolvido junto às escolas do município, a iniciativa prevê o treinamento de produtores, funcionários de fazendas e técnicos em práticas ambientalmente sustentáveis e a recuperação de áreas degradadas no município, em especial, Áreas de Preservação Permanente (APPs). A organização também está apoiando e divulgando um disque-denúncia (0800-647-1700) contra crimes ambientais – como desmatamentos ilegais, caça de animais silvestres e poluição das águas – implantado pela Promotoria de Justiça local.
No início de junho, o projeto Sorriso Vivo foi lançado oficialmente em uma cerimônia de premiação do concurso que escolheu o nome do mascote do projeto, um lobo Guará, que passou a chamar-se Coringa. Também foram premiados a melhor redação e o melhor desenho sobre meio ambiente. Os estudantes ganharam como prêmios um computador, uma máquina fotográfica e um aparelho de DVD. Segundo os organizadores, a competição serviu para envolver mais de 17 mil estudantes, de 37 escolas do município, com o tema. O evento contou com a presença de representantes da prefeitura, do Ministério Público, sindicatos de produtores rurais, associações e diversas entidades da sociedade civil local.
Agora o CAT deverá distribuir entre os alunos uma cartilha sobre meio ambiente e temas correlatos, como preservação do solo e da água, práticas agrícolas sustentáveis e proteção de animais selvagens. Engenheiros agrônomos e biólogos também têm ministrado palestras e cursos a estudantes, técnicos e produtores principalmente sobre o uso correto de defensivos agrícolas e a prática do plantio direto, em que os restos de uma colheita são deixados na mesma área para proteger o solo e evitar a contaminação por agrotóxicos. O mesmo público está fazendo visitas de campo regulares a uma pequena área-piloto de recuperação de APP.
O local fica na fazenda Santa Maria da Amazônia, que é uma das maiores produtoras de soja, milho, arroz e gado de Sorriso e pertence ao presidente do CAT, Darcy Getúlio Ferrarin. Ele conta que a organização pretende recuperar mais de 4 mil hectares de APPs no município e criar um viveiro de mudas de espécies nativas que deverá funcionar, mediante uma nova parceria com a Promotoria de Justiça, com a mão-de-obra de crianças e adolescentes infratores que estejam cumprindo medidas sócio-educativas. Segundo Ferrarin, atualmente, a principal preocupação do CAT são as cabeceiras dos rios da região, que faz parte da bacia do Teles Pires. “Sem água, não há produção agrícola. O meio ambiente não é problema apenas do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] e da Sema [Secretaria Estadual do Meio Ambiente]. Todo cidadão brasileiro tem responsabilidade com a preservação ambiental”, defende o fazendeiro.
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