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Politica Brasil
Sexta - 14 de Julho de 2006 às 08:44

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A suspeita levantada pelo presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), de envolvimento do PT nas ações comandadas pelo PCC em São Paulo, foi considerada "oportunista" e "golpista" por parlamentares petistas, além de uma tentativa de descolar a crise de segurança pública das gestões tucanas e pefelistas do Estado.

"Lamento que um senador da República aja de forma tão irresponsável e golpista, usando do oportunismo em um assunto de tamanha gravidade como a crise e a violência que se alastra no Estado de São Paulo", afirmou o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), para quem a declaração de Bornhausen foi "leviana".

O presidente do PFL, que é articulador da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República, tentou fundar suas suspeitas afirmando que há coincidência entre os ataques da facção criminosa e as pesquisas de intenção de voto favoráveis ao tucano.

"Vindo do cérebro fascista de Bornhausen, tudo é possível. O presidente do PFL precisa se olhar no espelho para ver quem são os culpados pelo atual cenário de violência em São Paulo", afirmou o deputado Dr.Rosinha (PT-PR). Bornhausen já havia se envolvido em uma polêmica ao afirmar, durante reunião com empresários, que o país ficaria livre "dessa raça", referindo-se ao PT no auge da crise do mensalão. Na ocasião, ele sugeria um impacto negativo do escândalo para o PT nos resultados destas eleições.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), geralmente conciliador, subiu o tom ontem ao responder aos ataques do presidente do PFL. "Se há responsáveis pelo volume de criminalidade no Brasil, são as pessoas que ocuparam o poder inúmeras vezes nos últimos anos e não conseguiram construir uma situação de tranqüilidade no Brasil", disse ele.

Os petistas aproveitaram para culpar o ex-governador Alckmin e o atual, Cláudio Lembo (PFL), pela situação de insegurança vivida em São Paulo. "Se o senador quisesse falar sobre o PCC, devia começar explicando por que a organização criminosa ganhou tanta força em São Paulo, que é governado pelo PSDB e PFL há 12 anos", disse o líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS).

A líder do PT no Senado, Ideli Salvati (SC), acusou o colega Bornhausen de ter "alergia às urnas" e de não aceitar democraticamente a possibilidade de vitória de Lula no 1º turno.

Segundo a petista, as "vinculações históricas e políticas de Bornhausen" com a ditadura militar e governos como o de Fernando Collor de Mello são suficientes para demonstrar que o pefelista "tem dificuldade de enfrentamento direto nas urnas". Para ela, pefelistas e tucanos podem até comemorar o crescimento de Alckmin nas pesquisas, "mas precisam que Lula caia. E não caiu".





Fonte: France Press

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