Família Alencastro reage contra a retirada de nome
Um dos descendentes da família que tem hoje cerca de 500 membros em Mato Grosso, o historiador e funcionário do Arquivo Público do Estado, Aníbal Alencastro, conta que os parentes estão em polvorosa desde o anúncio da intenção do prefeito Wilson Santos (PSDB). Muitos já falaram até em fazer um abaixo-assinado para manifestar seu posicionamento. Inclusive outras ramificações da família no Estado de Goiás também teriam se colocado à disposição para dar apoio.
Aníbal deixa claro que considera Dante de Oliveira uma pessoa importante para o Estado e que merecidamente deve receber uma homenagem. Mas pondera que isso poderia ser feito em uma obra construída pelo líder político ou em outra que ainda venha a ser construída. "O Palácio Alencastro é uma tradição, é patrimônio do Estado. O prédio original foi até demolido em 1959, mas mantiveram o nome na construção nova", argumenta.
Lembrando a importância da família que deu nome ao Palácio e à praça em frente ao prédio, o historiador destaca que três Alencastro presidiram a província de Mato Grosso na época do Império. Antonio Pedro D"Alencastro foi nomeado em 1834, o tenente-coronel Antonio Pedro de Alencastro em 1859 e José Maria de Alencastro em 1881. São da gestão dos Alencastro medidas importantes como a transferência da Capital de Vila Bela da Santíssima Trindade para Cuiabá (1885), a criação da Assembléia Legislativa Provincial (1834), a criação dos Homens do Mato (embrião da Polícia Militar - 1835), o primeiro serviço de abastecimento de água da cidade (1882), a construção do primeiro Jardim Público de Cuiabá (denominado de Praça Alencastro - 1882) e a construção do Quartel da Força Pública (1882), onde está hoje o 1º Batalhão da PM.
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