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Politica Brasil
Quinta - 13 de Julho de 2006 às 08:36

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De acordo com o infectologista Abdon Karhawi, cerca de duas horas após a internação de Dante de Oliveira já se sabia que o estado dele era muito grave. No final da tarde, quando os órgãos começaram a falir, o quadro já era irreversível. Tudo que os médicos fizeram, com doses altas de drogas, foi tentar mantê-lo vivo por mais tempo, alimentando uma esperança que sabiam ter chances mínimas.

"Ele foi cuidado com o que há de melhor. Posso falar isso com tranquilidade do ponto de vista técnico. Além do mais, o tratamento íntimo que ele recebeu aqui, não teria em outro lugar onde seria apenas mais um paciente", argumenta o médico. Conforme Karhawi, Cuiabá é um centro de saúde respeitável, sendo um dos mais importantes do Centro-Oeste.

Ele admite que alguns setores da saúde ainda não funcionam bem, como a parte de transplantes, por exemplo. Mas ressalta que a maioria dos profissionais que atua aqui tem formação sólida em outros Estados referência no país como São Paulo. O médico pondera que se tivessem tentado transferir Dante para outro lugar, a situação poderia ter sido muito pior, com ele vindo a falecer durante a viagem. "Nós ficamos chateados, mas somos limitados, a doença é dramática e agressiva. Em nenhum momento Dante foi displicente com o tratamento. Ele resistiu um pouco à internação, mas é compreensível, por se tratar de uma pessoa ativa como era", finaliza o médico.

Karhawi é formado em medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso, especializado em infectologia e medicina intensiva e doutor em doenças infeciosas, além de coordenar dois cursos na faculdade de Medicina da Unic. (VCS)





Fonte: A Gazeta

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