Especialista esclarece as implicações

Abdon Salam esteve no apartamento do ex-governador pela primeira vez na manhã de quarta-feira, dia 5. No mesmo dia o visitou no final da tarde. “Ele estava há dois dias com febre e havia consultado seu médico, em São Paulo, e estava sendo medicado e feito exames de sangue, RX e tomografia de tórax”, explicou.

Os exames, conforme o infectologista, constataram uma pneumonia de origem bacteriana na base do pulmão esquerdo. “Ele estava usando antibióticos, o tratamento era adequado e eu inclusive o ratifiquei”, contou.

Por se tratar de paciente, que já tinha algumas doenças em tratamento, diz Adbon, decidiu acrescentar mais um antibiótico. “Era diabético há mais de 15 anos e usava medicamentos em doses significativas, mas não insulina, além da Colite, também tratada, e uma deficiência de imunológica”, detalhou o especialista.

Naquele momento, o ex-governador era uma pessoa que tinha uma situação tranqüila do ponto da integridade da saúde, como definiu o médico. Mas por causa das doenças crônicas que tinha, passou a ter um acompanhamento efetivo. Abdon explicou que o diabetes, depois de muitos anos pode desenvolver alterações funcionais de órgãos como coração, rins e olhos.

O problema somente aparece quando algo, que pode ser uma infecção generalizada, obrigue esses órgãos a usar suas funções reservas, ou seja, na capacidade máxima. Provavelmente, seria o caso de Dante, mas não dar certeza disso.

Reservado, o infectologista somente concedeu entrevista após o consentimento da família do ex-governador. (AA)