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Serys é citada por sanguessugas
O nome da senadora Serys Marly foi citado durante depoimentos da família Trevisan-Vedoin, acusada de comandar os esquemas de fraudes em licitações, pagamento de propinas a parlamentares e superfaturamento de ambulâncias.
Do depoimento de três envolvidos à CPMI das Sanguessugas, Darci José Vedoin, Ivo Marcelo Spínola e Ronildo Pereira Medeiros, também surgiu o nome do senador Magno Malta (PL), do Espírito Santo. Além deles, consta para a CPMI o suposto envolvimento do senador Ney Suassuna, nome que já aparecia desde o início das investigações. Um assessor do senador Suassuna (PMDB-PB), Marcelo Cardoso Carvalho, chegou a ser preso na operação e responde a processo na 2ª Vara Federal de Mato Grosso.
Vice-presidente da comissão, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) aponta ainda o envolvimento de 60 a 80 deputados federais, além de 250 a 300 prefeitos de todo o país.
Ele revelou ainda que em depoimento à Justiça Federal a empresária de Cuiabá, Maria Estela da Silva, afirmou que 62 parlamentares cederam suas senhas de acompanhamento de emendas à Planam. "Isso não significa que eles estão envolvidos, mas devem explicações".
Segundo Jungmann, nos depoimentos colhidos pela CPMI foi apontado que o valor pago aos parlamentares, como propina, era de 10% do valor da emenda e aos prefeitos, cerca de 8%.
O relator da CPMI, senador Amir Lando (PMDB-RO), afirmou que o depoimento de Darci José Vedoin relevou todo o processo de desvio de recursos, com indicação de nomes. "São elementos de como funcionava todo o esquema. Tivemos informações preciosas. Agora, vamos cruzar todos os depoimentos para podermos saber o número exato de envolvidos", acrescentou.
O senador afirmou que com a vinda a Cuiabá a CPMI avançou na conclusão do relatório, que deve ser entregue para a Comissão de Ética no dia 3 de agosto.
Os depoimentos de Ronildo Pereira Medeiros e Ivo Marcelo Spínola também foram considerados positivos pela CPMI, uma vez que todos decidiram colaborar.
Todos os depoimentos foram feitos a portas fechadas, por pedido do advogado Otto Medeiros. Como os três vão prestar novo depoimento para a Justiça Federal e prometiam entregar todo o esquema, o pedido foi aceito. Darci Vedoin, que ficou internado mais de uma semana por causa de uma crise hipertensa, foi acompanhado em seu depoimento por um médico do sistema prisional e enfermeiros. Apesar de chegar mancando, aparentava tranquilidade e disposição. Deixou a sala de depoimento apenas por duas vezes para ir ao banheiro. Ao final do depoimento, a equipe médica garantiu que transcorreu tudo normalmente.
A senadora Serys não foi localizada pela reportagem para comentar o assunto e não retornou aos recados. À Agência Estado, ela negou conhecer integrantes do esquema e afirmou ter feito emendas a pedido de prefeitos. "Não sei porque isso aparece agora. É um jogo infame", acrescentou ela à agência.
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