Sanguessugas: MP investiga prefeituras do Rio de Janeiro
A relação foi definida através das transcrições das escutas telefônicas feitas pela PF do Mato Grosso, durante as investigações que levaram à prisão dos integrantes da quadrilha. A PGR do Rio recebeu cópias das gravações, depois que o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, desmembrou as apurações sobre o caso, enviando para os órgãos da Procuradoria de cada estado os dados referentes às prefeituras locais citadas nas conversas.
As administrações municipais foram notificadas para enviar todos os documentos das licitações de compras de ambulâncias sob suspeita. Foram solicitadas também informações à Controladoria Geral da União (CGU) e ao Ministério da Saúde.
Inicialmente, o caso é apurado no Rio de Janeiro por apenas um procurador. Se as suspeitas forem comprovadas, o Ministério Público Federal deverá criar uma força-tarefa para aprofundar as investigações.
A Operação Sanguessugas foi desbaratada pela PF em maio. O esquema envolvia compras superfaturadas de ambulâncias com verbas do orçamento da União. O desvio de recursos é estimado em mais de R$ 110 milhões em todo o País. Entre os presos está a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino, que entregou à polícia um CD-ROM contendo nomes de vários parlamentares suspeitos de participarem das fraudes.
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