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Politica Brasil
Segunda - 10 de Julho de 2006 às 06:31

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As declarações de bens apresentadas pelos candidatos ao pleito de 2006 à Justiça Eleitoral nem sempre condizem com a realidade. Alguns políticos que exerceram mandatos nos últimos quatro anos conseguiram dobrar o seu patrimônio. Outros, porém, pelo que consta nos documentos disponibilizados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), “faliram”. Há ainda os que, mesmo com um patrimônio visível à sociedade, afirmam que não possuem bens.

No caso dos três candidatos que concorrem ao governo do Estado no exercício de mandato eletivo, a maior evolução verificada foi a do empresário e governador Blairo Maggi (PPS), que nos últimos quatro anos aumentou o seu patrimônio em 67%. Em 2002, quando foi eleito chefe do Executivo de Mato Grosso, o candidato declarou que seus bens somavam R$ 20 milhões. Hoje, na declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral, o total do patrimônio do candidato à reeleição é de R$ 33,4 milhões.

Além de Blairo Maggi, outros dois candidatos ao governo do Estado estão exercendo cargos públicos. O senador Antero Paes de Barros (PSDB), que teve uma evolução patrimonial de 49%, se comparada com a declaração de bens de 2002, foi eleito em 1998 e encerra o seu mandato no Senado este ano.

Já a senadora Serys Marly (PT) foi a única dos três que teve seu patrimônio reduzido em cerca de 7%. Vale destacar, no entanto, que nesse período a senadora, que foi eleita com o sobrenome Slhessarenko, passou por um divórcio e conseqüente separação de bens e de nome. Eleita em 2002, a petista encerra seu mandato como senadora somente em 2010, a menos que seja vitoriosa na eleição de outubro próximo.

Empresário do ramo do agronegócio, Blairo Maggi ficou conhecido como o maior produtor individual de soja do mundo. Em 2002, o poderio econômico do então candidato fez a diferença durante a campanha eleitoral, segundo seus adversários. Naquela ocasião, Maggi declarou ter gasto R$ 10 milhões, dos quais a maioria é oriunda do seu próprio patrimônio.

Neste ano, porém, Blairo Maggi já afirmou que não pretende injetar recursos próprios na campanha na mesma proporção que em 2002. Porém a estimativa de gastos do candidato à reeleição é de R$ 15 milhões.

O patrimônio do candidato Antero Paes de Barros aumentou de R$ 514,9 mil para R$ 768,5 mil, o que representa um acréscimo de 49%. Os bens declarados são seis áreas de terra no distrito de Nossa Senhora da Guia, dois veículos e três apartamentos.

No caso da candidata Serys Marly, o patrimônio declarado em 2002 era de R$ 217,5 mil. Já em 2006 a declaração de bens mostra um patrimônio de R$ 202,8 mil.

O candidato do PSC ao governo do Estado, Bento Porto, que não ocupou nenhum cargo eletivo nos último quatro anos, declarou um patrimônio de R$ 550 mil. Porto é engenheiro agrônomo e já foi deputado federal. Já o candidato Plauto Vieira, do PRP, afirmou ter um patrimônio de R$ 20 mil.

Os candidatos Mauro Lara de Barros (PSOL), que é formado em Direito e procurador da Fazenda Nacional, declarou que não possui nenhum bem. Da mesma forma, o candidato do PHS, Roberto Pereira, que é microempresário, e Josmar Valderete (PSDC) e Vanilson da Silva (PSL) declararam que não possuem bens.





Fonte: Diario de Cuiabá

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