Maggi vai se licenciar do governo

O governador Blairo Maggi, candidato à reeleição, resolveu que vai se afastar da administração estadual durante a campanha. O chefe do Executivo não decidiu ainda quantos dias e nem o período. Provavelmente o chefe do Executivo se licencie no último mês de campanha, em setembro.

O afastamento do governador foi confirmado pelo coordenador de campanha à reeleição, Luiz Antonio Pagot. Segundo ele, o chefe do Executivo manifestou o desejo de se afastar, porém não decidiu o prazo.

Pagot disse ainda que a licença do governador vai depender apenas do bom andamento do governo. Conforme ele, se tudo estiver dentro da normalidade, Maggi sai por alguns dias para andar durante a campanha.

Neste caso, o substituto eventual do governador é o presidente do Tribunal de Justiça, José Jurandir de Lima. Aliás, desde o dia 1º de abril, último prazo para quem ocupa cargo de primeiro escalão desincompatibilizar-se das funções em caso de disputa nesta eleição, Lima é quem pode assumir o governo do Estado.

A vice-governadora Iraci França, substituta imediata, não poderá assumir o cargo porque o marido e ex-prefeito de Cuiabá, Roberto França, vai disputar uma vaga à Assembléia Legislativa. Pela legislação eleitoral, caso assuma o governo, a vice-governadora torna o esposo inelegível.

O presidente da Assembléia Legislativa, Silval Barbosa (PMDB), a quem caberia assumir o governo na impossibilidade da vice, também não poderá ocupar a chefia do poder Executivo. Candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Maggi, Barbosa fica inelegível.

Segundo informações, Maggi inclusive já teria manifestado o seu posicionamento de se afastar do governo ao presidente do Tribunal de Justiça. Nestes três anos e meio de gestão, Blairo Maggi esteve de licença ou de férias durante oito vezes. Nesses afastamentos, assumiu a vice-governadora, que alcançou um marco histórico: primeira mulher a assumir o governo de Mato Grosso.

Por conta dos impedimentos legais para os dois substitutos imediatos assumirem o governo, Maggi havia descartado em abril pedir licença em função da campanha. À época, o governador disse que, nesse caso, só após a eleição tiraria alguns dias de descanso.

Porém, o chefe do Executivo deve ter avaliado as funções do Executivo com a campanha. Uma estimativa inicial de assessores de campanha apontava que ele só deveria fazer 20 viagens ao interior durante toda a campanha.

Embora no final de semana Maggi pudesse percorrer vários municípios. Cuiabá, Várzea Grande e outras cidades da baixada cuiabana, Blairo pretende fazer campanha à noite. Até mesmo em municípios como Rondonópolis, ele pode participar também à noite.