Ex-prefeito foi tachado de louco ao iniciar duplicação de avenida

Um homem de ações muitas vezes incompreendidas. Assim era visto Dante de Oliveira, chamado muitas vezes de "louco" quando anunciava novas obras. Foi assim quando, ainda prefeito de Cuiabá, disse que iria duplicar a avenida Miguel Sutil. Foi assim também, como lembra seu ex-secretário de Cultura, Jurandir Lima, quando iniciou o trabalho de enxugar o Estado e decidiu por privatizações como a do Bemat.

Em Cuiabá, enquanto prefeito, fez a regularização, esgoto e asfalto em diversos bairros, como no Santa Izabel, Pedregal, Novo Mato Grosso, Alvorada, Novo Terceiro e Planalto. Foi ele o responsável pelos loteamentos do residencial dos Trabalhadores, do Três Barras e do Novo Paraíso.

Construiu cinco policlínicas, fez a primeira grande reforma do Pronto Socorro Municipal, a primeira Festa do Pantanal, a reforma do Morro da Luz, a reurbanização de vários pontos. Implantou a democratização na escolha dos diretores de escolas. Foi como prefeito que iniciou o trabalho de privatizações de energia e telefonia.

No governo do Estado transformou Mato Grosso em exportador de energia, trouxe o gasoduto, a ferrovia, discutiu a hidrovia. Fez asfalto em todo o Estado, criou o Parque Mãe Bonifácia, o Parque da Saúde e iniciou o Parque Massairo Okamura. Construiu a Ponte Sérgio Motta.

Dante, como lembra o ex-secretário Frederico Muller, transformou a questão ambiental, criando 26 unidades de conservação (só existia uma) e implantando o geoprocessamento. Dante criou também a Secretaria de Cultura e implementou a Lei de Incentivo. "Se hoje existe qualquer atividade cultural, devemos a Dante. Foi em seu governo que, pela primeira vez, a cultura teve dinheiro", ressaltou o ex-secretário Jurandir de Lima.

Foi Dante quem criou o Padic, levando recursos a fundo perdido para associações, conforme lembra o ex-presidente do Intermat, Aparecido Alves. Foram 40 mil títulos de lotes urbanos e programas como Lar Legal e Varredura que transformaram o Intermat e a vida das famílias que dele dependiam. (AF)