Morte deixa democratas triste, diz FHC
"A notícia causa pesar em todos aqueles que tomaram parte na oposição ao regime autoritário e na defesa da democracia brasileira nos últimos vinte anos. E em mim, em particular, que com ele convivi de perto", destacou, lembrando que, na condição de "autor da emenda que restabelecia as eleições diretas para presidente da República, bandeira que se tornaria finalmente vitoriosa, membro fundador do PSDB, senador e governador de seu Estado, Mato Grosso, por duas vezes, Dante de Oliveira deixa sua marca na história política do país".
Para FHC, a perda de Dante é irreparável para a democracia e que irá fazer falta na lutas pelo fortalecimento do estado democrático. "Com certeza, fará falta nas lutas próximas e futuras pelo fortalecimento da democracia no Brasil", salientou.
Antes de definir a sua candidatura a deputado federal, Dante de Oliveira manteve, em São Paulo, conversas reservadas com FHC. O ex-governador tinha no ex-presidente da República uma referência política que consultava periodicamente sobre questões regionais e nacionais.
Sindicalismo - O ex-governador Dante de Oliveira era um democrata que sabia ouvir e se relacionar com as entidades. Prova disso, é que o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), um dos mais combativos do Estado, lamentou, em nota oficial, a sua morte, reconhecendo o seu espírito democrático.
"A direção da entidade garante que a interlocução de Dante de Oliveira com o sindicato foi sempre mantida num contexto respeitoso, democrático e propositivo", diz a nota.
O sindicato lembra que, durante o governo Dante, "o Estado registrou grandes avanços na área educacional como o Pacto pela Educação, em 1995, que definiu princípios para o financiamento do ensino e repasse automático dos recursos para a Secretaria Estadual de Educação (Seduc)".
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