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Politica Brasil
Sábado - 08 de Julho de 2006 às 06:47
Por: Marcia Raquel

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A biografia do ex-governador Dante de Oliveira, que faleceu na noite da última quinta-feira, foi exaltada por todos os líderes nacionais, aliados e adversários, que vieram a Cuiabá para dar adeus ao homem das “Diretas Já”. A emenda, de autoria do então deputado federal Dante de Oliveira, que propunha a realização de eleições diretas no Brasil foi a obra mais lembrada pelos políticos que estiveram no velório do ex-governador.

O presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) chegou no início da tarde. Logo em seguida chegaram o vice-presidente da República, José de Alencar, e os candidatos José Serra e Alberto Goldman (governador e vice-governador de São Paulo).

O reconhecimento ao trabalho prestado por Dante de Oliveira durante toda a sua vida pública foi a tônica de todas as declarações. Dante foi deputado estadual e federal, prefeito de Cuiabá por dois mandatos, governador de Mato Grosso e ministro da Reforma Agrária no governo de José Sarney. Porém foi com a emenda das Diretas Já que o mato-grossense ficou conhecido nacionalmente.

“Ele teve um papel importantíssimo na redemocratização do País. Diretas Já foi um dos momentos mais altos da democracia brasileira. A emenda não foi aprovada, mas criou o sentimento de redemocratização”, ressaltou Alckmin ao observar que Dante morreu de forma prematura. “Fica o seu bom exemplo e os seus sonhos para realimentar as nossas forças”, acrescentou.

O vice-presidente da República, José de Alencar, ressaltou que também estava representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não pôde comparecer ao velório por causa dos compromissos de sua agenda. “O Brasil inteiro falou em Diretas Já e sempre com Dante de Oliveira. Ele é o precursor, de modo que não só em meu nome estou aqui, mas em nome do presidente Lula que, impossibilitado, me pediu que viesse em seu lugar e trouxesse o seu abraço à família dele”, disse Alencar.

O vice-presidente chegou acompanhado da senadora Serys Marly e dos deputados federais Carlos Abicalil e Welinton Fagundes. Ele, assim como os demais líderes nacionais, não acompanhou o enterro do ex-governador, realizado no Cemitério da Piedade, no Centro de Cuiabá.

Para o ex-prefeito de São Paulo, José Serra, a morte de Dante foi um choque. O candidato ao governo de São Paulo ressaltou o trabalho do ex-governador e afirmou que ele foi injustiçado. “Foi um grande governador de Mato Grosso durante oito anos, homem íntegro, correto, honesto, foi muito caluniado, muito injustamente caluniado, e nos deixa assim, repentinamente”, disse. “Agora é hora daqueles que o caluniaram mostrar o seu arrependimento público, porque ele é um homem que não deixa nada, exceto o seu exemplo, que é o mais importante de tudo”, acrescentou.

O deputado Alberto Goldman, que é candidato a vice-governador na chapa de Serra, ponderou que sentiu muito a morte de Dante, principalmente porque ele não teve a oportunidade de enfrentar, como deputado, as acusações que sofreu. “O Brasil perde um grande homem, um grande patriota, um grande companheiro, uma grande figura política”, disse.





Fonte: Diario de Cuiabá

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