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Politica Brasil
Sexta - 07 de Julho de 2006 às 07:31
Por: Adriana Vandoni

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Greenville é um estado do cerrado que acha que é um país. Não possui uma característica própria, única. Mas um amontoado de estilos arquitetônicos, sotaques diferentes, O povo de Greenville vive a espera da chegada da tão esperada e prometida Great West, uma ferrovia que nunca chega.

Uma cidade greenvillense, lá na Alta Floresta, adotou a mão-inglesa no trânsito! O estado possui dois fusos-horários. Imaginem só um estado com dois fusos-horários. Hehehe... É, realmente faz sentido se achar um país. Mas não é.

Suas peculiaridades se apuram mais com a chegada das eleições. Acontece que os políticos locais são sui generis e possuem uma imaginação pra lá de fértil.

Tempos atrás, era período de eleições municipais, ao chegar na Barra, reparei pela cidade vários outdoors de um mesmo candidato. Eram muitos e todos pichados: “Fulano é corno. Cicrano comeu sua mulher”. Sem entender muito bem e constrangida de perguntar, só mais tarde me contaram que a mulher do Fulano teve um romance com Cicrano, também candidato, logo, adversário do Fulano, e que o próprio Fulano tinha mandado pichar seus próprios outdoors com objetivo de sensibilizar a população. Humm... E desde quando que ser corno ou boiola atrapalha um político? Of course! Fulano perdeu a mulher e as eleições pra Cicrano. Ainda ficou como corno fofoqueiro.

E o Zebra? É um que desde 76 não perdeu um só pleito. Já foi candidato a tudo. Sua perseverança só não acompanha suas simpatias partidárias. Começou no MDB, passou pro PTB, PDC, PSD, PPB, Prona, PPS e está no PSC. Este ano, consternado com o abandono do PSDB, ofereceu apoio ao partido e ainda deu a chance para o PSDB indicar dois suplentes em sua chapa ao senado. Quanto altruísmo!!!

Fine! Luis Carlos Prestes foi o grande líder do PCB – Partido Comunista do Brasil, constantemente acusado de ser "teleguiado por Moscou". Em 85 o partido mudou o nome para PPS e, well..., 21 anos depois, o maior expoente do partido em Greenville é um legítimo representante do capitalismo, que construiu sua fortuna exportando grãos que os agricultores produzem, a tal da mais-valia, sabe? Prestes e Marx devem estar se contorcendo no além! Ano passado ele recebeu de uma ONG o troféu “Motoserra de Ouro”, porém, conta com o apoio total e irrestrito do ambientalista PV – Partido Verde, aquele de Gabeira que tem em Greenville um ex-madeireiro como um dos candidatos de maior potencial!,...hahaha...é pra rir ou não é?

Nesta campanha, o senhor PPS, que costuma dizer que já quitou sua dívida com Deus, além de contar com os Verdinhos, conquistou o apoio do irresoluto e poiteiro (sic) PMDB, que lhe deu como vice ninguém menos que um “simpático e sorridente” defensor da divisão de Greenville.

Flag substitution? De certo que o “sorridente” trocou de bandeira. Os greenvillenses podem ser superlativos, mas será que são bocós? O cara se elegeu deputado estadual com a promessa de dividir o estado e tinha até um site só sobre a divisão. Vai ter trabalho, hein marqueteiro?

E a descoberta de que o Presidente Regional de um partido não era filiado ao próprio partido? Parece piada. Há há ha! Qual o partido? O PTB!, que agora segue a orientação do Seu Peru, ôpa!, Valfrido Mares Guia (ele é a cara do Orlando Drummond). Tcs, tcs, tcs...e, Lularam!!! Pobre biografia de Bob Jefferson.

Só mesmo fazendo como um ex-prefeito, preso por desvio de verba pública que tinha como livro de cabeceira: “Milionário em um minuto”. Aliás, não seria este o regimento interno do P...?

Esta é Greenville, o lugar onde tudo acontece, mas nunca de maneira modesta. Os governadores, assim que assumem, são contagiados pelo “complexo de presidenciável”. Segundo uma deputada do PFL, a culpa é da cadeira. O fato é que eles embarcam nessa e nem se tocam com um pequeno detalhe: Greenville representa 1,5% do eleitorado total do país, menos que a zona Leste da cidade de SP. Fine, um dia quem sabe…

Outro dia me apareceu um Zé Prequeté, lááá de Rondocity. Um homem que parecia o Eremita de Monteiro Lobato. Levei um susto danado quando dei de cara com ele, achei que fosse a reencarnação do General Saco (um louco dos meus tempos de infância que amedrontava as crianças). O tal olhou pra mim e sem mais nem menos disse: seus artigos são muito longos e eu me canso de ler.

Saint patience!

Well, leia só até a metade Zé Prequeté ou me peça, eu te faço um resumo!





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