Estudo do PFL mostra que Lula investe mais em propaganda que saneamento
O presidente Lula também não economizou nos recursos para a propaganda de utilidade pública. Até o dia 5 de julho, o governo destinou R$ 80,18 milhões para esta finalidade, ou 36,54% do valor reservado. Também já se comprometeu com executar mais R$ 134,42 milhões, valores que foram empenhados (previsto para gasto). Os gastos com publicidade não levam em conta as estatais.
O governo usa a publicidade institucional para divulgar os investimentos que faz no país, como construção de estradas, pontes, universidades, entre outras.
Dos R$ 157,9 milhões autorizados no Orçamento deste ano para gastos com esta finalidade, o governo já autorizou o uso de R$ 114,27 milhões. Esse dinheiro ainda não foi liberado, mas o empenho garante ao governo contratar o serviço de agências de publicidade.
O total efetivamente pago (R$ 27,81 milhões) representa 17,61% do disponível para gastos com a propaganda do governo.
Saneamento
O partido identificou que o governo Lula gasta mais com publicidade do que com saneamento básico. De janeiro até o dia cinco de julho, foram destinados R$ 4,40 milhões para saneamento básico rural. O valor representa apenas 1,65% do total destinado no Orçamento para essa área. Os empenhos ficaram em R$ 93,27 milhões.
Para saneamento básico urbano o governo liberou mais, mesmo assim valores menores do que os aplicados em propaganda. Foram gastos R$ 16,85 milhões, ou 1,44% do total autorizado no orçamento. O governo empenhou R$ 745,55 milhões.
O líder da oposição na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), autor do estudo, acusa o governo de fazer uma "farra com dinheiro público para divulgar obras inexistentes".
Segundo o deputado, os números demonstram que "não é verdadeiro" o discurso do presidente Lula de que seu governo é voltado para os pobres. "É inadmissível que um governo que diz priorizar o social invista seis vezes mais em publicidade do que em saneamento básico", condenou.
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