Candidatos ao governo do Estado prevêem gastos pequenos na campanha
Para o governo do Estado são nove candidatos que vão disputar os votos de 1 milhão 940 mil eleitores. Os partidos estão prevendo um gasto máximo de R$ 30 milhões. Este valor é quase um terço do que o PSDB nacional prevê gastar na campanha para a presidência da República, algo em torno de R$ 85 milhões. O PT de Lula, que vai usar um jato da FAB para percorrer o país em busca de voto, declarou que terá um gasto de quase 90 milhões, 30 vezes mais do que Serys Marli, que para tentar ganhar a cadeira do Paiaguas prevê um gasto total de R$ 3 milhões.
A campanha começa em clima de suspeição quando o assunto é valores a serem gastos durante toda a eleição. Enquanto Blairo Maggi, para se reeleger fala em gastar R$ 15 milhões, R$ 5 milhões a menos do que investiu na vitoriosa eleição de 2002, outros partidos que pleiteiam a cadeira de Maggi falam em números bem modestos. A previsão de gasto do PT, de apenas R$ 3 milhões é a que chama mais a atenção. “Não dá para acreditar que Serys e todo o seu partido vá gastar apenas este valor, quando se compara com a previsão do partido a nível nacional de se injetar R$ 90 milhões para a campanha de Lula. Ora, é preciso avaliar que o gasto declarado não se contabiliza apenas ao governo. É um gasto que tem de ser refletido para toda a campanha, incluindo ai Senado, Câmara Federal e Assembléia Legislativa. Portanto, este valor não reflete a realidade. Ainda mais se considerarmos que terão de fazer palanque para o Lula”, disse um analista político.
A previsão é que os nove candidatos juntos gastem um total de R$ 30 milhões. O PSol fala em gastar apenas R$ 200 mil. Só não fala se pretende conseguir eleger pelo menos um candidato à Assembléia Legislativa.
O problema nesta matemática toda está em uma questão bem elementar. Como convencer os 1,940 milhão de eleitores espalhados em Mato Grosso nesta eleição com valores considerados pequenos para esta campanha. O Estado, segundo avaliam os analistas políticos que ficaram debruçados nos valores máximos apontados pelos partidos, é grande e um gasto de apenas R$ 3 milhões é considerado irreal. “Não dá para percorrer todo o Estado, montar palanques, trabalhar em busca de votos com um valor tão baixo como este”, disse este analista, que indaga: “Será que Serys vai apenas cumprir tabela nesta eleição? Ele faz a mesma indagação com relação ao candidato do PSDB, Antero Paes de Barros que protocolou no Tribunal Regional Eleitoral um gasto de R$ 6 milhões. “Ele deve estar querendo ficar sem mandato”.
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