Cassado, Silva tem apartamento funcional em Brasília
O apartamento, segundo o relato do site www.congressoemfoco.com.br, está sendo ocupado pelo filho do ex-deputado que teve a diplomação cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e depois confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A seis meses de encerrar o mandato legislativo, Silva ainda tenta reverter a situação.
“Estou aguardando uma decisão judicial”, justifica o ex-deputado federal Rogério Silva. Eleito pelo PMDB, Silva migrou no ano seguinte para o PPS, a convite do governador Blairo Maggi.
Empresário e agricultor, Rogério Silva não demonstra preocupação por não estar atuando na Câmara Federal e utilizar um imóvel público. “Não é dinheiro do povo, porque sou eu estou pagando todas as despesas”, argumentou Rogério Silva ontem, por telefone, à reportagem do Diário.
Pela norma, após cassado, o parlamentar teria que ter devolvido o apartamento, situado na Super Quadra Norte (SQN) 302, Bloco G, 104. Silva não acredita que o apartamento está fazendo falta. Segundo ele, existem outros trinta e poucos imóveis na mesma quadra, todos vazios.
Apesar de não parar em Brasília e também possuir uma fazenda na periferia da Capital Federal, a mulher e os filhos do ex-deputado são quem utilizam o imóvel. A família mora em Brasília devido aos estudos dos filhos; como o ano letivo ainda não terminou, o apartamento continua ocupado.
De acordo informações publicadas no site, a Câmara dos Deputados esgotou todas as vias administrativas para obter os apartamentos de volta, mas não obteve sucesso. Agora a questão está nas mãos da Advocacia Geral da União (AGU), que vai entrar com uma ação de reintegração de posse.
Rogério Silva nega que tenha cometido qualquer tipo de ilegalidade na eleição de 2002. O TRE cassou o diploma de deputado federal no ano seguinte às eleições. Os advogados entraram com recurso no Superior Tribunal Eleitoral, mas este foi rejeitado.
O ex-deputado cassado é candidato a deputado federal nas eleições deste ano pelo PP. Sem temer entraves judiciais, ainda pretende recorrer ao Superior Tribunal Federal (STF). “Não houve flagrante, a Polícia Federal não apreendeu nada, vocês precisam pesquisar direito”, frisa o ex-deputado, argumentando também que foi massacrado pela imprensa de Mato Grosso.
v Silva foi denunciado na época pelo Movimento Cívico de Combate à Corrupção (MCCC). Em janeiro de 2004, assumiu a vaga de suplente a deputada Teté Bezerra (PMDB). Silva, primeiro deputado cassado pelo TRE, no ano passado aderiu ao PP.
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