Auxiliares de Lula vão atuar na campanha
Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência, vai coordenar a elaboração do programa de governo de Lula. Já o ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) vai coordenar a estratégia de comunicação: definirá linhas de discursos, orientará o presidente a adotar retóricas específicas e afinadas com candidaturas regionais.
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) será uma espécie de conselheiro à distância da campanha. Ontem, o PT exibia em seu site uma espécie de "cartilha ideológica" feita por ele, preparando os petistas para o confronto com o PSDB.
Tarso alega que "a base social" de Lula está consolidada e que Alckmin cresceu nas pesquisas Datafolha e Vox Populi por conta da desistência de alguns candidatos. Ele avalia que houve um afastamento dos setores médios da candidatura de Lula e aconselha o PT a evitar o salto alto e a raiva: "Será mais um jogo de inteligência do que um duelo de trabucos".
Segundo Tarso, "está pronto o ambiente para se dizer que Lula está dividindo o ambiente entre ricos e pobres". Na visão de Tarso, essa tese é "absurda".
Legislação
Apesar da atuação dos ministros, o governo, depois de seguidas contestações na Justiça Eleitoral, pretende orientar o primeiro escalão sobre o que é vedado e permitido na campanha. Será ministrada uma aula-palestra aos ministros no dia 11.
Na semana passada, o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, pediu "mais quatro anos" para Lula durante evento oficial da agenda de governo do petista, que dias antes formalizara sua candidatura à reeleição.
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