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Alckmin recua e defende reeleição mediante regras
Após se declarar no mês de junho contrário à possibilidade de reeleição do presidente da República, o candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira que é favorável ao sistema - mediante a fixação de regras para evitar o abuso na utilização da máquina pública. O recuo ocorre dias após o tucano reagir nas pesquisas e diminuir sua diferença em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Alckmin rechaçou ainda a possibilidade de ampliação do mandato de presidente da República para cinco anos por considerar os atuais quatro anos suficientes para uma boa administração.
"Esta questão da reeleição não é programática, tem gente a favor e tem gente contra. Eu pessoalmente sempre fui favorável à reeleição. Agora, primeiro ninguém é obrigado a ser candidato, segundo, é preciso ter regras", disse Alckmin em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
"O presidente da República precisa ter ao menos um mínimo de regras. Não pode ficar dependendo das virtudes do candidato. A utilização da máquina pública hoje é uma vergonha. Não sou contra a reeleição, deve ser mantida, com regras claras", defendeu.
Durante a arrancada de campanha, Alckmin e colegas de partido têm atacado o presidente Lula, alegando que o petista está se valendo do cargo para obter vantagens eleitorais.
Em uma tentativa de ser enfático, no entanto, o candidato chegou a mencionar o fim da reeleição. "Ou nós estabelecemos regras para evitar para evitar abuso, ou de repente é melhor acabar com a reeleição."
Ele citou como exemplo de normas a necessidade de ter tido de renunciar ao cargo de governador do Estado de São Paulo para poder concorrer à Presidência, assim como José Serra deixou a prefeitura paulistana para tentar o governo do Estado.
O tema é delicado dentro do PSDB, uma vez que, se eleito, Alckmin poderá concorrer a um novo mandato, desagradando tucanos interessados no cargo como Serra e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves.
Alckmin afirmou ainda que a questão da reeleição não será contemplada no projeto de reforma política que pretende levar ao Congresso logo no início de seu mandato, se for eleito em outubro.
"Não vou tomar conhecimento de reeleição. Para mim questão programática é fidelidade partidária, questão de mérito é o parlamentarismo, que não vou propor, porque houve plebiscito (que derrubou a proposta)."
Ele criticou declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que sugeriu acabar com a reeleição se, em troca, o mandato passar de quatro para cinco anos. "Sou contra mandato de cinco anos... quatro anos é mais suficiente para fazer um bom mandato."
O governador fez no programa uma proposta polêmica, que, além de desagradar congressistas, é de difícil aplicação. Alckmin quer criar mecanismos para controlar as emendas parlamentares, movido pelo escândalo dos chamados sanguessugas - parlamentares que desviaram recursos do Orçamento da União para a compra superfaturada de ambulâncias.
"Emenda parlamentar é correta, o deputado representa uma região, um setor, ele contribui como Orçamento, o que não pode é ter roubo. A operação sanguessuga é sobrepreço na compra de ambulância, não é possível você admitir que uma emenda parlamentar está roubado dinheiro do povo. Então precisa ter controle", disse.
Alckmin rechaçou ainda a possibilidade de ampliação do mandato de presidente da República para cinco anos por considerar os atuais quatro anos suficientes para uma boa administração.
"Esta questão da reeleição não é programática, tem gente a favor e tem gente contra. Eu pessoalmente sempre fui favorável à reeleição. Agora, primeiro ninguém é obrigado a ser candidato, segundo, é preciso ter regras", disse Alckmin em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
"O presidente da República precisa ter ao menos um mínimo de regras. Não pode ficar dependendo das virtudes do candidato. A utilização da máquina pública hoje é uma vergonha. Não sou contra a reeleição, deve ser mantida, com regras claras", defendeu.
Durante a arrancada de campanha, Alckmin e colegas de partido têm atacado o presidente Lula, alegando que o petista está se valendo do cargo para obter vantagens eleitorais.
Em uma tentativa de ser enfático, no entanto, o candidato chegou a mencionar o fim da reeleição. "Ou nós estabelecemos regras para evitar para evitar abuso, ou de repente é melhor acabar com a reeleição."
Ele citou como exemplo de normas a necessidade de ter tido de renunciar ao cargo de governador do Estado de São Paulo para poder concorrer à Presidência, assim como José Serra deixou a prefeitura paulistana para tentar o governo do Estado.
O tema é delicado dentro do PSDB, uma vez que, se eleito, Alckmin poderá concorrer a um novo mandato, desagradando tucanos interessados no cargo como Serra e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves.
Alckmin afirmou ainda que a questão da reeleição não será contemplada no projeto de reforma política que pretende levar ao Congresso logo no início de seu mandato, se for eleito em outubro.
"Não vou tomar conhecimento de reeleição. Para mim questão programática é fidelidade partidária, questão de mérito é o parlamentarismo, que não vou propor, porque houve plebiscito (que derrubou a proposta)."
Ele criticou declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que sugeriu acabar com a reeleição se, em troca, o mandato passar de quatro para cinco anos. "Sou contra mandato de cinco anos... quatro anos é mais suficiente para fazer um bom mandato."
O governador fez no programa uma proposta polêmica, que, além de desagradar congressistas, é de difícil aplicação. Alckmin quer criar mecanismos para controlar as emendas parlamentares, movido pelo escândalo dos chamados sanguessugas - parlamentares que desviaram recursos do Orçamento da União para a compra superfaturada de ambulâncias.
"Emenda parlamentar é correta, o deputado representa uma região, um setor, ele contribui como Orçamento, o que não pode é ter roubo. A operação sanguessuga é sobrepreço na compra de ambulância, não é possível você admitir que uma emenda parlamentar está roubado dinheiro do povo. Então precisa ter controle", disse.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/290963/visualizar/
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