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Cultura
Segunda - 03 de Julho de 2006 às 12:24

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Uma das maiores (em tamanho e influência) sagas das histórias em quadrinhos tem seu início relançado no Brasil: está nas bancas e livrarias o primeiro volume de "Príncipe Valente na Corte do Rei Arthur".

A história do Príncipe Valente começa em 1937, quando o canadense Hal Foster publica a primeira página com as aventuras do jovem e honrado Príncipe Valente. Desde então, uma vez por semana surge uma nova parte da saga deste aventureiro nórdico do século 5.

Foster escreveu e desenhou continuamente a série por 34 anos, deixando de ilustrá-la em 1971. Abandonou o roteiro apenas em 1980, na página 2.241. Sua saída não resultou no fim da história, que é publicada até hoje por outros autores.

A saga do Príncipe Valente, entretanto, não é importante por sua longevidade. Foster foi marcante. Muitos dos grandes artistas que vieram depois dele foram e são influenciados por suas histórias.

De Will Eisner, que contava ter aprendido a narrar lendo Hal Foster, a Jack Kirby (criador de Capitão América e X-Men) ou Carl Barks ("pai" do Tio Patinhas), por exemplo, todos citavam "Príncipe Valente" como influência.

Desenhista cuidadoso, Foster não usava balões para preservar as ilustrações. Além disso, não desdenhava dos roteiros: esmerou-se em tornar seu personagem humano. Destemido, heróico, mas um homem que, entre outras coisas, envelhece. O Príncipe Valente é um adolescente quando as histórias começam, e um homem com cerca de 40 anos, casado e com quatro filhos, quando Foster deixa de roteirizá-las.

A editora Ebal publicou, de 1974 a 1995, 15 volumes de Príncipe Valente no Brasil. A Opera Graphica assumiu a série em 2001 e publicou até o tomo 18. E agora relança as 85 páginas iniciais nesta reedição do primeiro volume: uma boa oportunidade para entender como começou esta épica série.





Fonte: Folha de S. Paulo

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