Brasil vê primeiro volume do Príncipe Valente, de Hal Foster
A história do Príncipe Valente começa em 1937, quando o canadense Hal Foster publica a primeira página com as aventuras do jovem e honrado Príncipe Valente. Desde então, uma vez por semana surge uma nova parte da saga deste aventureiro nórdico do século 5.
Foster escreveu e desenhou continuamente a série por 34 anos, deixando de ilustrá-la em 1971. Abandonou o roteiro apenas em 1980, na página 2.241. Sua saída não resultou no fim da história, que é publicada até hoje por outros autores.
A saga do Príncipe Valente, entretanto, não é importante por sua longevidade. Foster foi marcante. Muitos dos grandes artistas que vieram depois dele foram e são influenciados por suas histórias.
De Will Eisner, que contava ter aprendido a narrar lendo Hal Foster, a Jack Kirby (criador de Capitão América e X-Men) ou Carl Barks ("pai" do Tio Patinhas), por exemplo, todos citavam "Príncipe Valente" como influência.
Desenhista cuidadoso, Foster não usava balões para preservar as ilustrações. Além disso, não desdenhava dos roteiros: esmerou-se em tornar seu personagem humano. Destemido, heróico, mas um homem que, entre outras coisas, envelhece. O Príncipe Valente é um adolescente quando as histórias começam, e um homem com cerca de 40 anos, casado e com quatro filhos, quando Foster deixa de roteirizá-las.
A editora Ebal publicou, de 1974 a 1995, 15 volumes de Príncipe Valente no Brasil. A Opera Graphica assumiu a série em 2001 e publicou até o tomo 18. E agora relança as 85 páginas iniciais nesta reedição do primeiro volume: uma boa oportunidade para entender como começou esta épica série.
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