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Quinta - 29 de Junho de 2006 às 13:00

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Por quase cinqüenta anos, o “Solar do Barão de Melgaço”, na antiga rua do Campo d’Ourique abrigou uma das figuras mais expressivas da história da Província de Mato Grosso, o francês Augusto João Manoel Leverger. Construído no século 17, a partir de 1921, o casarão passou a abrigar a instituição que deu origem a Academia Mato-Grossense de Letras – o Centro Mato-Grossense de Letras - e também o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso.

Representação da cultura do Estado, a Casa Barão de Melgaço foi tombada pelo Patrimônio Histórico de Mato Grosso passando a integrar o rico conjunto arquitetônico que compõe o centro da Capital e que aos poucos está sendo restaurado e revitalizado por meio do Programa de Recuperação do Patrimônio Estadual conduzido pela Secretaria de Cultura, que neste projeto teve o apoio da Fundação Banco do Brasil.

O programa, que conta com a parceria de órgãos federais como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da iniciativa privada, possibilitou que o velho “Solar do Barão” fosse restaurado e entregue à sociedade mato-grossense em uma cerimônia nesta quarta-feira (28.06) repleta de agradecimentos por parte dos imortais da Academia e dos integrantes do Instituto.

“Essa restauração significa o resgate da memória e da história de nosso Estado, dos nossos antepassados, com respeito ao que foi por eles deixados como legado”, afirmou emocionada a historiadora e membro da Academia de Letras, Elizabeth Madureira Siqueira.

Com a restauração, a Casa Barão de Melgaço terá condições de oferecer espaços para atividades culturais voltadas à comunidade. Um dos espaços é um auditório, construído na década de 70, que se encontrava abandonado dentro da área que abriga o patrimônio, que foi modernizado, e recebeu melhorias. Um salão multifuncional também compõe o prédio com espaço apropriado para exposições de arte, reuniões e cerimônias.

Conforme ressaltou o secretário de Estado de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira, também presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, aos poucos o Governo vai proporcionando novos ares ao Centro Histórico de Cuiabá e também de cidades antigas do Estado, como a primeira Capital - Vila Bela da Santíssima Trindade. “É mais uma nova opção cultural para os cuiabanos e mato-grossenses, demonstrando o respeito do Governo com a história e a cultura”, afirmou.

Guardiã do conhecimento

A arquitetura original foi toda recuperada; os pisos, os alicerces e beirais foram confeccionados com fidelidade aos originais. O telhado, as dobradiças das portas também foram trocadas. Medidas que visam além de reconstituir um patrimônio, oferecer conforto ao público e principalmente proteção ao acervo de pesquisa.

Com a restauração e recuperação da Casa, a Academia e o Instituto terão a possibilidade de abrigar novamente acervos bibliográficos com livros e títulos de personagens que integraram a história política, cultural e social de Mato Grosso, como Estevão e Rubens de Mendonça, Antônio Cesário Neto, Amidicis Tocantins, o jurista Gervásio Leite, entre outros.

Esses acervos estão guardados pela Universidade Federal de Mato Grosso.

“Mais do que preservar um patrimônio do Estado, com a recuperação de um bem como esse estamos preservando e guardando a memória de laços familiares, revitalizando e resgatando a memória com respeito que é devido”, finalizou o governador Blairo Maggi.





Fonte: Olhar Direto

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