FIG traz mais atrações para o palco Guadalajara
O FIG acontece de 20 a 29 de julho e conta com 130 atrações musicais, apresentação de 31 grupos de cultura popular, 28 espetáculos de dança, 23 oficinas culturais, 14 peças teatrais, nove concertos de música erudita, seis espetáculos circenses, exibição de 28 filmes, cinco mesas literárias e seis instalações de arte contemporânea.
Entre as atrações de peso, o FIG traz nesta 16ª edição Elba Ramalho, Vanessa da Mata, Nando Reis, Nação Zumbi, Magníficos, The Fevers, Osvaldo Montenegro, Los Hermanos, Maria Rita e Barão Vermelho. A noite de abertura da festa será em homenagem à cultura popular. Mestre Salustiano fará as honras da festa, com muito frevo, ciranda, coco, maracatu, aboio e repente.
Para os que vêem no festival uma vitrine para a produção contemporânea de vertentes como o rock alternativo, reggae e rap, o palco Pop trouxe opções acertadinhas, mesmo que sem tanto peso de público. Entre os nomes, Planta e Raiz (SP), Totonho e os Cabras (PB), Erasto Êxito de Rua, Maciel Salu e Astronautas. Durante dois dias, o palco também vai receber as bandas selecionadas pela MTV, que grava em Garanhuns o programa Família MTV Bandas Novas. Apresentam-se Zefirina Bomba (PB), Vanguart (MT), Ecos Falsos (SP), Rock Rocket (SP), Daniel Beleza e os Corações em Fúria (SP), Faichecleres (PR).
Por entre as árvores do Parque Ruber Van der Linden, ou simplesmente Pau Pombo, o Palco Instrumental é garantia de boa música. Todos os dias, sempre às 18h, nomes como Duofel, BPM Trio e Heraldo do Monte se apresentam por lá. Pouco depois, na Igreja de Santo Antônio, o Virtuosi na Serra promove apresentações de música erudita, com instrumentistas nacionais e internacionais. Mais tarde, à meia-noite, o Palco do Forró esquenta a madrugada com o pé-de-serra de Azulão, Hebert Lucena e João do Pife. Já as madrugadas serão incrementadas pelo projeto das Noites cubanas, cujas estrelas são os DJs do clube Bela Vista Waldir Português e Edinho Jacaré. Pela manhã, a partir das 10h, a vez é da Cultura Popular. O palco montado na Avenida Santo Antônio será território de figuras como Mestre Salustiano, Lia de Itamaracá e Selma do Coco.
Segundo Bruno Lisboa, a participação de artistas de Garanhuns e cidades próximas também recebeu mais destaque neste FIG. “É o maior índice de participação de músicos, grupos de teatro e de dança, além de outros, desde o início do festival”, diz. Tatu Peba, Cleiton da Nata, Swianne, Banda de Pífanos de Castainho e Reisado de Gonzaga de Garanhuns são alguns dos nomes locais na grade de shows.
O custo total do FIG foi de R$ 2 milhões, divididos entre Fundarpe, Prefeitura de Garanhuns e patrocinadores.
Cinema, teatro e dança - Este ano o festival inaugura a Mostra de Cinema do FIG, com longas e curtas pernambucanos além de filmes inédito no Brasil e de países que dificilmente entram estão nas grandes salas. A programação, no entanto, só será divulgada no dia 6 de julho. Os filmes serão exibidos no cinema de Garanhuns, Cine Eldorado, em quatro sessões por dia. O público deverá retirar, algumas horas antes, os bilhetes para a entrada, que serão gratuitas.
Outra novidade será a mostra Intervenções Urbanas, com a participação de seis artistas plásticos pernambucanos (Manoel Veiga, Paulo Meira, Oriana Duarte, Lourival Batista, Cristina Machado e Renata Pinheiro) criando instalações em vários locais da cidade. A programação teatral ocupa o Teatro Luís Souto Dourado com encenações de Recife, Caruaru, Garanhuns, Rio de Janeiro, João Pessoa e Fortaleza, num total de 14 espetáculos. Serão pelo menos duas peças bem consagradas, na abertura e encerramento.
A primeira, a produção carioca Fazendo Ana Paz, será apresentada em duas sessões. A peça transpõe o livro homônimo de Lygia Bojunga para o palco, que trata da dramaticidade do ato de escrever e a difícil construção de uma relação entre autor e personagem. No encerramento da programação teatral do FIG, teremos a volta de Vau da Sarapalha, do Teatro Piollin (PB), para Pernambuco. A direção é do aclamado Luiz Carlos Vasconcelos.
Os espetáculos de dança, que sempre acontecem no Parque Euclides Dourado, reúne atrações de oito municípios pernambucanos, além de convidados de São Paulo, Minas Gerais e Cuba. A proposta é apostar na diversidade de estilos com representantes da dança clássica, do ventre, de salão, de rua, popular, afro, moderna e contemporânea. Entre as atrações, o pernambucano Marcelo Pereira, hoje radicado na Suíça, em pas-de-deux com a paulista Duda Braz; o cubano Luís Rubén González e a pernambucana Juliana Siqueira, resgatando o clássico “Dom Quixote”; e Rogério Alves e Adriana Bandeira. Em dança contemporânea, o premiado Balé de Rio Preto, do interior paulista, vai mostrar o espetáculo Infinitos Particulares, abordando os sentimentos que permeiam os relacionamentos.
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