´Raça´ na Copa não diminui pobreza de Gana
O país africano, sempre de fora do mapa geopolítico que domina o mundo, fica na mira global ao confrontar-se ao pentacampeão brasileiro, time cujos craques têm ancestrais escravos que certamente vieram dali.
Em 1957, Gana foi a primeira colônia da África negra a conquistar sua independência. Seu líder, Nkrumah Kwame, orquestrou a união africana e seu socialismo nacionalista influenciou até o Peru de Velasco (1968-75).
Depois de ter promovido uma industrialização estatista, Gana foi abduzida pelo novo liberalismo econômico e político. Nos últimos anos, o país teve uma alta taxa de crescimento econômico anual (4% ao 6%) e evitou cair em guerras fraticidas, como as de seus vizinhos Serra Leoa e Libéria.
No entanto, não ganhou a guerra contra a miséria -- o país segue sendo um dos mais pobres do planeta.
(*) Isaac Bigio é ex-professor da London School of Economics e analista internacional com especialização em América Latina.
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