Revoltado, PP ameaça com ruptura

O PP está ameaçando deixar a coligação Mato Grosso Mais Forte, rompendo, dessa forma, com o governador Blairo Maggi. O motivo, de acordo com o presidente regional, deputado Chico Daltro, é o tratamento dispensado pelo presidente regional do PPS, Percival Muniz, e pelo coordenador-geral da campanha à reeleição, Luiz Antônio Pagot, a agremiação. Os dois anunciaram ontem, durante o encontro dos partidos aliados no Centro de Eventos do Pantanal, que o vice na chapa já estava escolhido.

Ele deixou a reunião dizendo que o PP não aceita imposições e que repudia atitudes antidemocráticas em que os partidos não opinam na definição da chapa majoritária. "Essa foi uma das reuniões mais confusas e impositivas que eu já vi. Ora, se o candidato a vice-governador é uma escolha pessoal do governador e os suplentes de senador é uma prerrogativa de Jaime Campos, o que nós viemos fazer aqui. Isso é um desrespeito ao PP", criticou Daltro. Ele lembrou que o PP abriu mão da candidatura de senador, depois que o deputado federal Pedro Henry renunciou a postulação por ter o ser nome envolvido em vários escândalos. "Mas o partido colocou-se à disposição de participar das majoritárias ou pelo menos de discuti-las em alto nível", ponderou.

Para ele, a reunião entre os partidos aliados, em verdade, se transformou numa transmissão de recados dados pelos presidente do PPS. "O PP se sente renegado", afirmou Daltro, dirigindo-se a Pagot e a Muniz. Ele criticou o que chamou de "desprezo" do PPS ao partido e admitiu que o PP pode rever a aliança com os socialistas. "Não podemos aceitar esse tipo de imposição e se for necessário vamos rediscutir nosso apoio à candidatura majoritária e nossas minoritárias". Diante da ameaça, Pagot disse que pretende "resgatar" o PP para a aliança e que Blairo Maggi irá cumprir todos os compromissos feitos com os aliados .