PSDB mantém Antero e Dante

O PSDB homologou a candidatura do senador Antero Paes de Barros ao governo. Em encontro ontem à noite com mais de três horas, os tucanos também ratificaram o lançamento do ex-governador Dante de Oliveira na disputa ao Senado.

A confirmação do nome de Antero e Dante deverá ser feita nesta quinta-feira, quando o partido confirmará também o nome de outro tucano como candidato a vice. Apesar da insistência dos 40 candidatos do PSDB a deputado estadual e federal, Dante e Antero se negaram ontem a admitir as candidaturas.

Independente dos nomes, a chapa pura do PSDB será sucedida por duras críticas ao governador Blairo Maggi (PPS) e ao presidente Lula. Antero promete levar ao debate eleitoral a promessa não cumprida do governador em reduzir a alíquota de ICMS nas contas de energia e telefone, os problemas na área ambiental e a concentração de renda.

"Vamos devolver ao governador a punhalada que ele deu no (presidenciável) Geraldo Alckmin (SP), quando participou de um encontro do PSDB sobre o agronegócio e depois abriu conversação com o PT", afirmou Antero, no início da noite, ao garantir que o candidato tucano levará ao debate eleitoral a discussão sobre o caráter dos adversários. "A vida da população melhorou? Os impostos abaixaram?", completou.

Mesmo com a dificuldade financeira e a debandada dos antigos correligionários, Antero prefere tentar demonstrar otimismo. "Foi bom que algumas pessoas saíssem do PSDB em 2002. Agora, temos apenas os verdadeiros tucanos", completou.

O discurso de Antero foi reforçado pelo ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Soares. Segundo ele, o inchaço do PSDB até 2002 desta vez deve prejudicar os adversários. Na última eleição, o partido contava com 55 prefeitos. Atualmente, são apenas oito. Dos sete deputados eleitos pela legenda, apenas Carlão Nascimento permaneceu no ninho tucano. A ausência mais comentada no encontro foi a do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos.

Propaganda - Antero prometeu instituir uma comissão para denunciar o que acusou de propaganda eleitoral. O grupo deverá fazer denúncias ao Ministério Público sobre a suposta utilização da máquina pública no processo eleitoral. Apesar de não citar nomes, não escondeu que se referia a Maggi.