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Politica Brasil
Segunda - 26 de Junho de 2006 às 09:35
Por: Juliana Michaela

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Em Mato Grosso, o quadro eleitoral ainda está indefinido, pois a grande maioria deixou as convenções para os dias 29 e 30 deste mês, últimas datas permitidas pela legislação eleitoral. A semana promete ser de novidades e reviravoltas.

O governador Blairo Maggi (PPS) que concorre a reeleição é o que desponta como o favorito na conquista do Palácio Paiaguás. Sete siglas partidárias podem se unir para apoiar o governador, entre elas PP, PFL, PSB, PV, PTB, PHS e PMDB, ou seja, partidos que não tem candidato para Presidente da República e estão livres para fazer composições.

"Estamos conversando com os partidos que tem interesse em formar um Arco de Aliança para disputar um segundo mandato. Até agora não tem nenhum empecilho ainda que seja de forma informal, para mantermos a conversação até a convenção do dia 29, para chegarmos num termo comum de plano de governo e de intenções", disse o governador Blairo Maggi.

Os partidos que disputam com o PPS são: PSDB, PT e o PSC. O PSC foi o primeiro que definiu o candidato a governo do Estado, o ex-deputado Bento Porto.

O governador Blairo Maggi percorreu nas últimas semanas inúmeros municípios do Estado numa maratona de inaugurações, já que a legislação permite só até sexta-feira, dia 30 de junho, este tipo de cerimônia. Para compor a vaga de vice no governo, existe o interesse de membros do próprio PPS, como o ex-secretário chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot e a atual vice-governadora, Iraci França.

Além disso, o PMDB também é sondado para ocupar a vaga de vice, com o presidente da Assembléia Legislativa, Silval Barbosa (PMDB). A vaga para o Senado seria ocupada pelo PFL com o ex-prefeito de Várzea Grande, Jaime Campos.

Maggi também é sondado para prestar apoio nacional. No dia 12, em Brasília ele se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que solicitou apoio informal, visando afastar o PPS do PSDB. Na convenção nacional do PPS, ocorrida no dia 19, a direção nacional decidiu por deixar livre o partido para as composições estaduais e apenas recomendou o apoio informal a Alckmin.

O apoio formal entre PPS e PT, a possibilidade é remota até porque ambos tem candidatos a governo, como Blairo e Serys. A convenção do PPS ocorrerá juntamente com o PFL, PTB e PP no dia 29, às 8 horas, no Centro de Eventos Pantanal.

PT O Partido dos Trabalhadores (PT) em Mato Grosso tem o nome da senadora Serys Marly como pré-candidata para concorrer ao governo do Estado. Para o Senado, dois nomes são cogitados, do ex-vereador Vicente Vuolo e do deputado federal, Carlos Abicalil, além da possibilidade da vaga ser ofertada para composições com o PMDB, PL, PCdoB e PSB.

Além da formação de uma chapa proporcional entre os deputados estaduais e federais. Dentro do PT, alguns dos candidatos a deputados estaduais são: Ságuas Moraes, Vera Araujo e Alexandre César. Existe uma outra vertente do partido que coloca o nome do deputado Carlos Abicalil, na formação de uma aliança entre o PT e o PMDB.

O PMDB por sua vez também mantém dialogo aberto com o governador Blairo Maggi (PPS) na formação de uma aliança, na qual foi convidado o presidente da Assembléia Legislativa, Silval Barbosa (PMDB) para ser vice em sua chapa. A convenção do PT será no dia 30 de junho.

PFL O PFL está indefido entre apoiar o PPS e reeditar a aliança Mato Grosso Mais Forte 2002 (PFL, PPS e PP) ou apoiar o PSDB no qual houve a aliança nacional para eleição do candidato à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB). O presidente do diretório estadual (PFL), Jaime Campos, afirmou que a coligação nacional não deve interferir na reedição da aliança na qual é candidato a Senado. Ele disse que a legenda tem 20 nomes para deputados federais e estaduais.

PSDB O PSDB está isolado na disputa eleitoral em Mato Grosso. O partido ofereceu a vaga de senado para o PL em troca de uma composição para as eleições. O nome para o Senado é o do deputado federal, Wellington Fagundes (PL).

A partir daí, o senador Antero Paes de Barros que deseja disputar a reeleição, concorreria ao governo. Outros nomes que são cotados para disputar o Palácio Paiaguás são Rogério Salles e Dante de Oliveira, cuja pretensão é ser candidato a deputado federal.

O PFL e o PSDB estão coligados nacionalmente, mas na disputa estadual são adversários. No entanto não está descartada a hipótese do PFL se unir ao PSDB, caso o PPS feche aliança com o PT, que excluiria a candidatura de Jaime Campos ao senado. A convenção do PSDB ocorre no dia 29, às 14h, no Ginásio da Lixeira.

PDT O PDT pretendia apoiar o governador Blairo Maggi na reeleição, no entanto, a candidatura de Cristovam Buarque para Presidência praticamente engessou as composições no Estado em razão da lei da verticalização. No Mato Grosso, o PDT não terá candidato ao governo do Estado, no entanto, estará fazendo um indicativo na convenção para que os filiados e simpatizantes apóiem a reeleição da candidatura de Blairo Maggi (PPS).

"Nós optamos por não ter candidato ao governo, mas decidimos em apoiar informalmente a reeleição de Blairo Maggi. É permitido indicar, não estaremos traindo a fidelidade partidária. Além disso, não temos candidato ao governo do estado e temos o direito de opinar entre as candidaturas que existam para aquela que entendemos ser a melhor para a apreciação de nossos eleitores. E será dessa forma nosso encaminhamento. Nós estaremos cumprindo a lei, contudo sem sermos omissos no nosso posicionamento político", declarou o secretário executivo do PDT, Carlos Brito.

O partido tem dois nomes para o Senado, Erai Maggi e o ex-secretário de Desenvolvimento Rural, Antônio Pivetta. O PDT está trabalhando com as chapas proporcionais de deputado federal e senador, com outros partidos como PB, PHS, PMN, Prona, PSB, PTN, PRTB e PTC, ou seja, um conjunto partidário que pode vir a dar forma uma nova coligação em Mato Grosso, o que viabilizaria legenda suficiente para sustentar o projeto político. Segundo Brito, agora tudo vai depender do número de partidos que conseguirem congregar e da disposição desses pré-candidatos.

PMDB O PMDB ainda não tem posicionamento definido e aguarda a decisão da nacional. No entanto, vem mantendo diálogo com PT e o PPS, ambos querem a adesão do PMDB. O PPS que concorre à reeleição de Blairo Maggi ofertou a vaga de vice para governo, o nome discutido é o de Silval Barbosa (PMDB). Já com o PT é ofertada a vaga do Senado. A convenção do partido ocorre no dia 29, às 19h, na Fiemtec.

PSB O partido aguarda a convenção nacional no dia 28 para ter um posicionamento político nos estados. Contudo, o presidente do diretório estadual do PSB, Teodoro Lopes (Doía), acredita que o partido estará sem candidato para presidência o que possibilitará trabalhar na melhor forma nos estados.

Teodoro Lopes (Doía) afirmou que o partido deve estar livre nacionalmente, mas deve apoiar informalmente o Presidente, Lula e no estado trabalhará para a reeleição de Blairo Maggi (PPS). "Nas candidaturas proporcionais estaremos com candidatos para federal e estadual. Nós temos dois nomes para deputado federal, Éden Capistrano e Valtenir Pereira. E estamos discutindo se vamos lançar os dois nomes ou somente um, pois temos que cumprir os 5%. Para estadual temos nove nomes do PSB, como também trabalhamos com outras legendas como PDT. Para senado apoiamos a candidatura de Erai Maggi (PDT)", declarou Lopes.

Ele acrescentou que o PSB somente não irá coligar com o PPS se tiver uma posição nacional que impeça. A convenção ocorre no dia 30, às 14h, na sede do partido em Cuiabá.





Fonte: 24Horas News

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