Australianos já pensam em decisão nos pênaltis contra a Itália

Classificada para as oitavas-de-final da Copa do Mundo, a seleção da Austrália aposta no ponto fraco de sua adversária --a Itália-- para avançar na competição. Se não for possível vencer nos 90 minutos, os comandados de Guus Hiddink não se incomodam em ter de encarar um decisão por pênaltis.

As disputas deste tipo são um drama para os italianos em Mundiais. Em três decisões em Copas foram três derrotas. A primeira aconteceu em casa, há 16 anos, na semifinais, diante da Argentina. Quatro anos depois, em 1994, o torneio foi pela primeira vez decido na cobrança de penalidades --e a Itália perdeu para o Brasil.

A má fase continuou diante da França, no campeonato seguinte, disputado na casa do adversário. Depois de empate sem gols no tempo normal, a equipe tricampeã mundial foi eliminada por 4 a 3.

Os australianos têm boas lembranças das decisões na marca penal. Foi assim que garantiram a vaga no Mundial, ao derrotar o Uruguai na repescagem.

"Vão bater pênaltis os jogadores que quiserem, como foi contra o Uruguai. Guus [Hiddink] pegará sete jogadores que se sintam confiantes e pedirá que cinco deles levantem as mãos. E eu levantarei", adianta o meia Tim Cahill, autor de dois gols contra o Japão, na única vitória dos australianos na Copa até agora.

O zagueiro Lucas Neill também se colocou como possível candidato às cobranças. "Tenho certeza que vou bater [o pênalti]. Eu queria ter batido contra a Croácia, mas o Craig Moore se adiantou a mim".