Aliança com o PSDB só daqui a quatro anos, diz Quércia
O ex-governador paulista negou seqüelas na fracassada negociação com os tucanos e disse que irá conversar com o PSDB na disputa, dando a entender que é ele que chegará à segunda etapa do pleito.
Na convenção deste sábado, o partido deixará em aberto que delegará à executiva estadual a definição do nome do vice e do postulante ao Senado.
A substituição da candidatura para governador também é prevista, mas tanto Quércia quanto o presidente do PMDB nacional, Michel Temer negaram esta possibilidade. Perguntado se renunciaria, Quércia foi categórico: "Nunca".
Temer frisou que a decisão tomada pelos convencionais hoje será definitiva. "O que acontecer aqui é imodificável. O que a convenção decidir estará decidido, em definitivo", afirmou Temer, ressaltando que uma mudança só será possível com a renúncia de Quércia, o que, na avaliação dele, é uma "hipótese remotíssima".
O pré-candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra, operou, durante todo o dia de ontem, para que Quércia desistisse da disputa. O PSDB insistiu em oferecer o posto de vice de Serra ao PMDB e aceitou a indicação de Quércia, que após ter seu próprio nome vetado pelos tucanos , colocou na mesa o nome de Alda Marco Antônio.
Ela foi secretária da Assistência Social na gestão de Celso Pitta na Prefeitura de São Paulo e do governo paulista na gestão do próprio Quércia (1987 a 1991). A oferta de última hora dos tucanos foi recusada por Quércia.
Palanque aberto Quércia não quis mostrar uma tendência de apoio a qualquer dos principais candidatos a presidente da República, Geraldo Alckmin, pelo PSDB, e o agora concorrente oficializado à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
Segundo Quércia, o PMDB paulista deixará o palanque aberto e caberá aos seus eleitores optarem pela candidatura tucana ou petista. "Desde que votem no Quércia, podem votar em quem quiser para presidente", afirmou.
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