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Meio Ambiente
Sábado - 24 de Junho de 2006 às 15:34

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A Rússia lançou hoje a nave de carga Progress M-57 rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A nave automática decolou do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, às 11h08 de Brasília, com propulsão do foguete Soyuz-U. A Progress M-57 transporta mais de duas toneladas e meia de alimentos, água potável, combustível, equipamentos e pacotes que familiares enviaram ao russo Pavel Vinogradov e ao americano Jeffrey Williams, que compõem a atual tripulação da ISS. Dentro de dois dias, a nave deverá se acoplar à ISS. Segundo o Centro de Controle, poucos minutos depois do lançamento, o foguete alcançou uma órbita "próxima aos parâmetros previstos" e a nave se desprendeu de sua terceira e última fase, iniciando seu vôo autônomo rumo à ISS.

Além de suas funções de transporte, as naves Progress também são usadas para corrigir a órbita da ISS, que desce entre 100 e 150 metros por dia devido à gravitação terrestre. Outra função da nave é recolher os detritos produzidos pelos astronautas, um dos maiores inconvenientes da ISS, por causa da falta de espaço.

A nave deixou a estação espacial há cinco dias, entrando na atmosfera terrestre com uma tonelada de lixo a bordo. Seus fragmentos carbonizados caíram em uma zona do Pacífico entre Oceania e América do Sul, onde a Rússia despejou vários equipamentos espaciais nos últimos quarenta anos.

Os técnicos espaciais russos afirmam que os restos das Progress não representam nenhum perigo ecológico porque a maioria dos resíduos que a nave carrega, assim como sua estrutura, se desintegram sob as altas temperaturas provocadas pelo atrito com as camadas superiores da atmosfera.

Depois de receberem a Progress M-57, os astronautas da ISS se prepararam para a chegada da nave Discovery, que levará o astronauta alemão Thomas Reiter, da Agência Espacial Européia, e outros equipamentos, informou hoje a Nasa.

Discovery As autoridades da agência espacial americana programaram o lançamento da Discovery para o dia 1º de julho, uma missão que pretende reiniciar a construção da ISS, interrompida há quase um ano. Caso aconteça sem problemas, o lançamento da Discovery será o primeiro das naves americanas em quase um ano.

As viagens ficaram suspensas no ano passado depois de um problema no isolamento do tanque externo da nave foi detectado. Esse mesmo problema foi a causa da desintegração da Colúmbia, em fevereiro de 2003, desastre que se custou a vida de seus sete tripulantes.





Fonte: EFE

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